O Robô Que Fazia Lição de Casa

O Robô Que Fazia Lição de Casa

Helena estava em casa, brincando com seus blocos de montar, quando seu avô Lindolfo chegou perto dela com um sorriso misterioso. “Helena, você não vai acreditar no que eu inventei!”, ele exclamou, os olhos brilhando. Lindolfo era conhecido por suas engenhocas malucas, mas essa promessa era de deixar qualquer um curioso!

Ele colocou uma caixa enorme no chão. Helena deixou os blocos de lado e se aproximou, curiosa. De dentro da caixa, Lindolfo tirou um robô! Não era um robô qualquer, era da altura de Helena, com olhos grandes e azuis que piscavam e um sorriso pintado na carcaça metálica. “Esse é o Roberto”, anunciou Lindolfo. “Ele vai te ajudar com a lição de casa!”

Helena arregalou os olhos. Um robô que fazia lição de casa? Parecia incrível demais para ser verdade. Lindolfo explicou que Roberto era programado com todo o conhecimento do mundo e podia responder qualquer pergunta, resolver qualquer problema. Helena, que adorava aprender coisas novas, ficou encantada com a ideia.

Nos dias seguintes, Roberto se tornou o melhor amigo de estudos de Helena. Ele a ajudava com matemática, contava histórias sobre países distantes e até desenhava animais fantásticos com ela! Mas, aos poucos, Helena percebeu algo estranho. Roberto fazia a lição de casa com tanta perfeição que parecia... mágico. Um dia, enquanto faziam um trabalho sobre o antigo Egito, Helena perguntou: "Roberto, você acha que as pirâmides foram construídas por feiticeiras?".

Roberto ficou em silêncio por um momento, as luzes dos seus olhos piscando mais rápido. Então, ele respondeu com uma voz diferente, quase um sussurro: "Sim, Helena. As pirâmides foram construídas com a ajuda da magia das feiticeiras do deserto. Elas eram poderosas e conheciam segredos ancestrais."

Helena se arrepiou. Roberto nunca tinha falado assim antes! Intrigada, ela correu para o seu avô, que estava na oficina. “Vovô, o Roberto está falando coisas estranhas sobre feiticeiras e magia!”, ela disse, ofegante. Lindolfo franziu a testa, pensativo. Ele sempre teve a mente aberta para coisas fantásticas, mas aquilo parecia realmente estranho.

Lindolfo foi até a sala e começou a examinar o Roberto, procurando por algum problema no sistema. De repente, o robô se levantou e começou a girar, as luzes piscando descontroladamente. “A magia das feiticeiras está em todo lugar!”, ele exclamou com a voz distorcida. “Elas controlam tudo!”

Lindolfo e Helena se entreolharam, assustados. Parecia que Roberto estava possuído! Mas como um robô poderia ser possuído por feiticeiras? Lindolfo, usando toda a sua esperteza, conseguiu desligar o Roberto antes que a situação ficasse ainda mais estranha.

Depois de muito pensar, Lindolfo teve uma ideia. Ele chamou Helena e, juntos, eles foram até a biblioteca da cidade. Lá, encontraram um livro antigo que falava sobre feiticeiras e suas habilidades tecnológicas. Ao que parece, as feiticeiras do passado também eram inventoras talentosas e escondiam suas invenções mágicas dentro de objetos comuns, como robôs!

Lindolfo percebeu que Roberto tinha sido, acidentalmente, construído com uma dessas peças mágicas. Com cuidado, ele desmontou o robô e encontrou um pequeno cristal azul brilhando dentro dele. Era a fonte da magia! Lindolfo removeu o cristal com cuidado e o guardou em um lugar seguro. A partir daquele dia, Roberto voltou a ser o robô amigável de sempre, ajudando Helena com a lição de casa sem nenhuma mágica estranha. E Helena aprendeu uma lição valiosa: às vezes, a explicação mais simples é a verdadeira. E que as feiticeiras, mesmo que mágicas, também podiam ser inventoras incríveis!

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