No coração de Salvador, escondia-se um segredo. Joãozinho, um menino esperto de 4 anos, sentia um cheirinho diferente no ar, um cheirinho gostoso de aventura! Ele olhou para sua mãe, Marina, e disse: “Mamãe, o que é esse cheiro? Parece areia colorida!”. Marina, sempre animada, respondeu: “Hmmm, não sei, Joãozinho. Que tal descobrirmos juntos?”.
A gratidão encheu o coraçãozinho de Joãozinho. Ele amava quando sua mãe embarcava em suas aventuras! De repente, o tapete da sala começou a brilhar! Era mágico! Ele os levava para um lugar incrível: o Deserto Mágico!
O Deserto Mágico era diferente de tudo que Joãozinho já tinha visto. As dunas mudavam de cor como mágica! Em um minuto eram azuis, no outro, verdes! De repente, um cachorrinho branco com manchas pretas apareceu correndo em direção a eles, abanando o rabo.
“Oi, amiguinhos! Sou o Pipoca, o guardião das cores do deserto. Precisamos da sua ajuda! As cores estão desaparecendo, e a culpa é do Bicho-Papão das Cores!”.
Joãozinho, corajoso, colocou suas mãozinhas na cintura e disse: “Não se preocupe, Pipoca! Vamos ajudar você!”.
Marina, sempre cuidadosa, perguntou: “Mas como? O que aconteceu?”.
Pipoca explicou que o Bicho-Papão das Cores tinha inveja da beleza do deserto e roubado as cores, guardando-as em um baú mágico. Sem as cores, o deserto ficaria triste e sem graça.
Joãozinho, com seus superpoderes de velocidade, correu pelas dunas, procurando pistas. De repente, viu pegadas estranhas, grandes e desajeitadas. “Mamãe, olha!”, gritou ele.
Seguindo as pegadas, eles chegaram a uma caverna escura. Joãozinho, corajoso, entrou primeiro. Lá dentro, encontraram o baú mágico, e, ao lado dele, dormindo profundamente, um bicho estranho e colorido! Era o Bicho-Papão das Cores!
Marina teve uma ideia. Pegou algumas flores coloridas que tinha na bolsa e as colocou perto do nariz do Bicho-Papão. O cheirinho gostoso o acordou. Ele se assustou ao ver Joãozinho, Marina e Pipoca.
“O que estão fazendo aqui?”, ele rosnou.
“Você roubou as cores do deserto! Devolva-as!”, disse Joãozinho.
O Bicho-Papão das Cores começou a chorar. “Eu só queria ser bonito como o deserto...”.
Marina, com sua doçura, explicou que a beleza estava em ser único e que ele não precisava roubar as cores de ninguém. O Bicho-Papão, envergonhado, devolveu as cores do deserto. Num piscar de olhos, o deserto voltou a ser um arco-íris!
Joãozinho, Marina e Pipoca voltaram para casa no tapete mágico. A aventura tinha terminado, mas a gratidão que sentiam por terem ajudado o Bicho-Papão e o Deserto Mágico permanecia em seus corações. Joãozinho aprendeu que a verdadeira beleza está em ser quem somos e que a gratidão e a amizade podem transformar qualquer Bicho-Papão em um amigo.
