Duda brincava no quintal de sua casa em Curitiba quando ouviu um som diferente. Parecia uma música linda, mas muito triste, vindo de algum lugar distante. Curiosa como sempre, Duda chamou sua mascote, a tartaruga Yuna, que era mágica e misteriosa, e adorava ler livros sobre lugares encantados.
"Yuna, você está ouvindo isso?", perguntou Duda, com os olhos brilhando de curiosidade. "Parece a voz de uma sereia!"
Yuna ergueu a cabeça, atenta. "Uma sereia? É impossível, Duda. Sereias vivem no mar!", respondeu Yuna, com sua voz rouca de tartaruga.
Mas Duda estava decidida a desvendar o mistério daquela canção. A amizade entre Duda e Yuna era muito forte, e elas sempre se ajudavam, como faziam todas as melhores amigas. A casa delas era um lugar feliz e acolhedor, cheio de cantinhos especiais para brincar.
Duda, com sua imaginação a mil, lembrou de seus livros sobre sereias. Eles diziam que as sereias eram criaturas mágicas, com cabelos longos e caudas brilhantes, que encantavam os marinheiros com suas vozes. Será que uma sereia estava perdida em Curitiba?
"Temos que investigar, Yuna! Uma amiga sereia pode estar precisando da nossa ajuda!", exclamou Duda, já imaginando mil aventuras. Yuna, sempre disposta a ajudar, concordou. Afinal, desvendar mistérios com Duda era sempre emocionante!
Duda, então, teve uma ideia brilhante! Ela se lembrou que, em seus livros, as sereias adoravam conchas do mar. "Já sei, Yuna! Vamos procurar por conchas! Elas podem nos levar até a sereia!".
E assim, as duas amigas começaram sua investigação. Procuraram por todo o jardim da casa, que era grande e cheio de plantas. Yuna, com seu jeitinho lento, mas persistente, examinava cada cantinho com atenção.
De repente, Duda gritou: "Yuna, olha! Uma concha!". Era uma concha linda, cor-de-rosa, brilhando sob o sol. Duda a pegou com cuidado, como se fosse um tesouro.
"Tem certeza que é por aqui, Duda?", perguntou Yuna, um pouco desconfiada. Afinal, encontrar uma sereia em Curitiba parecia mesmo impossível.
Mas Duda, confiante, seguiu em frente, usando seu superpoder especial: ela girou, girou, girou e se transformou em uma linda princesa, pronta para qualquer aventura! A concha, como que guiada por uma força mágica, começou a brilhar, levando as duas amigas para um cantinho escondido do jardim.
E para a surpresa delas, lá estava... uma pequena fonte! A água da fonte era cristalina e, no meio dela, havia uma estatueta de uma sereia! A canção, agora mais clara, parecia vir da própria estátua.
Duda e Yuna se aproximaram, encantadas. A estátua era tão bonita! Tinha longos cabelos esverdeados e uma cauda de escamas douradas. Parecia até que ia ganhar vida a qualquer momento!
Nesse momento, Duda percebeu algo diferente. Havia uma inscrição minúscula na base da estátua! Com a ajuda de Yuna, que era ótima em decifrar códigos, elas conseguiram ler: "A música da amizade cura a tristeza".
Duda e Yuna se entreolharam, compreendendo tudo! A canção triste não era de uma sereia perdida, mas sim da estátua, que sentia falta de alegria e amizade!
Então, Duda teve uma ideia. Ela começou a cantar uma canção alegre, que falava sobre a amizade entre ela e Yuna. Yuna, com sua voz grave, acompanhou a canção, criando uma melodia doce e harmoniosa.
Enquanto cantavam, a concha na mão de Duda brilhou intensamente, iluminando a fonte com uma luz dourada. A canção encheu o jardim de alegria, contagiando até mesmo as flores e os passarinhos.
Quando a última nota da música se dissipou no ar, a estátua da sereia brilhou mais forte do que nunca e, como num passe de mágica, a canção triste se transformou em uma melodia alegre e vibrante!
Duda e Yuna celebraram sua descoberta com um abraço apertado! Elas descobriram que a verdadeira magia não estava em encontrar uma sereia de verdade, mas sim no poder da amizade e da música, que juntas, podiam transformar tristeza em alegria!
E assim, o mistério da canção encantadora foi resolvido, provando que a amizade e a imaginação são os maiores poderes que alguém pode ter!