O cheirinho de bolo de chocolate invadiu o quarto de Sophia, fazendo cócegas no seu nariz! Ela abriu os olhos e espiou debaixo da cama, como sempre fazia todas as manhãs, só para ter certeza de que nenhum monstro tinha se escondido ali durante a noite. Ufa, tudo seguro! Hoje era seu aniversário de 7 anos, e Sophia já se sentia muito crescida.
Na cozinha, sua mascote Yuna a esperava, os olhinhos brilhando de felicidade. Yuna era mágica e misteriosa, e apesar dos seus 54 anos (sim, mascotes mágicas vivem muito!), adorava ler histórias de aventura com Sophia.
- Bom dia, Yuna! Será que hoje finalmente vou virar gente grande? - perguntou Sophia, animada.
Yuna deu uma risadinha e respondeu: - Crescer leva tempo, Sophia. Mas hoje você pode ter uma aventura de gente grande!
Enquanto tomavam café, Sophia notou algo brilhante no jardim. Era um botão dourado, que emanava uma luz suave. Curiosa, ela o pegou. De repente, o botão começou a girar, e um arco-íris lindo se formou no ar, transformando o jardim em uma floresta mágica!
- Uau! - exclamou Sophia, os olhos arregalados. Yuna parecia tão surpresa quanto ela.
No fim do arco-íris, um castelo de pedras se erguia no alto de uma colina. Era o Castelo Encantado, um lugar que só existia em seus livros de histórias! Sem pensar duas vezes, Sophia, com Yuna em seus braços, atravessou o arco-íris.
O Castelo era ainda mais bonito de perto, com suas torres altíssimas e bandeiras coloridas. Mas algo estava estranho... não havia ninguém por perto!
- Onde estão todos? - perguntou Sophia, confusa. Yuna, sempre observadora, apontou para um bilhete preso em um arbusto:
"Fomos celebrar o Festival do Crescimento, mas as Fadinhas estão desaparecidas! Precisamos de ajuda para encontrá-las. Assinado: O Rei do Castelo."
Um mistério! Sophia adorava mistérios! Finalmente uma aventura de gente grande!
- Vamos procurar pistas, Yuna! - disse Sophia, já se sentindo uma detetive de verdade.
Elas seguiram um rastro de glitter dourado que as levou até o jardim secreto do castelo. Lá, encontraram pegadas minúsculas e algumas flores amassadas.
- As pegadas são pequenas demais para serem das fadas adultas. – observou Sophia.
- E essas flores parecem ter sido pisoteadas por alguém com muita pressa! - completou Yuna, analisando as marcas.
Seguindo as pistas, chegaram a um riacho. Na margem, encontraram um chapéu pontuda e um pequeno barco de folhas.
- Parece que as Fadinhas crianças tentaram navegar no rio! - deduziu Sophia.
Yuna, usando sua magia, fez o barco brilhar, revelando um caminho secreto atrás de uma cachoeira! Atravessando a cortina d'água, elas se encontraram em uma gruta mágica.
E lá estavam as Fadinhas, mas não pareciam tristes por terem sumido. Elas estavam brincando alegremente, construindo uma mini réplica do castelo com galhos e folhas!
- Por que vocês fugiram? – perguntou Sophia.
- Não fugimos! – respondeu uma fadinha sorridente. – Só queríamos nos divertir como crianças antes do Festival. Crescer é legal, mas às vezes a gente só quer brincar!
Sophia entendeu. Crescer era importante, mas nunca se devia perder a capacidade de brincar e se divertir.
Ao retornarem ao castelo, o Rei, aliviado, explicou que o Festival do Crescimento celebrava todas as fases da vida, desde a infância até a fase adulta. E para a surpresa de Sophia, ela foi convidada para participar da festa e dançar com as Fadinhas!
Naquela noite, Sophia voltou para casa cansada, mas feliz. Tinha tido uma aventura emocionante, desvendado um mistério e aprendido uma lição valiosa sobre crescer. E enquanto adormecia, abraçada com Yuna, sabia que, mesmo quando crescesse, a magia da infância estaria sempre viva em seu coração.