Por que será que as plantas crescem? Helena, curiosa como sempre, observava um girassol gigante que brotara no quintal. Era mais alto que ela! Parecia mágica, mas seu pai, José, sempre dizia: “Não é mágica, Helena, é a natureza crescendo!”
Helena amava seu quintal! Tinha grama macia para fazer cócegas em seus pés, flores coloridas que pareciam sorrir para ela e, o melhor de tudo, era ali que ela encontrava seu amigo, o Coelho. O Coelho não era um coelho qualquer. Ele era diferente, especial. Tinha pelos macios como algodão doce e olhos brilhantes como estrelas. Mas o que o tornava realmente especial era que Helena podia entendê-lo!
“Coelho, você sabe por que as plantas crescem?”, perguntou Helena, se sentindo um pouco como uma cientista em um filme que seu pai adorava assistir.
“Crescer faz parte da vida!”, respondeu o Coelho, com um pulo animado. “Assim como você está crescendo, Helena, as plantas também crescem. É como uma dança!”.
José, que dançava até mesmo na fila do banco, apareceu no quintal, girando e cantando uma música engraçada. Helena deu risada. Crescer parecia divertido com seu pai por perto.
“Papai, o Coelho disse que crescer é como dançar!”, exclamou Helena, mostrando o girassol gigante. “Mas por que as pessoas crescem?”.
José pegou Helena no colo e a girou no ar. Ela adorava quando ele fazia isso! “Crescer é como uma grande aventura, minha pequena! Quando crescemos, aprendemos coisas novas, fazemos novos amigos e podemos até mesmo alcançar o céu, como esse girassol!”.
De repente, o Coelho deu um pulo alto e apontou para o céu. “Olhem!”, ele exclamou. Uma nave espacial brilhante, em formato de cenoura, sobrevoava o quintal!
“Uau!”, disseram Helena e José em uníssono, com os olhos arregalados.
Uma portinha se abriu na nave e uma escada brilhante desceu até o chão. Um coelho espacial, usando um capacete com orelhas de coelho gigantes, acenou para eles.
“Olá, terráqueos! Sou o Comandante Cenourinha! Precisamos da ajuda de vocês!”.
Helena e José se entreolharam, surpresos. Uma aventura espacial? Era muita emoção para um dia só!
“Ajudar em quê?”, perguntou Helena, segurando firme na mão do pai.
“Nossa nave precisa de… cenouras!”, respondeu o Comandante Cenourinha, um pouco envergonhado. “As cenouras são o combustível da nossa nave e estamos sem nenhuma!”.
Helena sabia exatamente o que fazer. Ela correu até a horta, onde seu pai cultivava legumes, e voltou com uma cesta cheia de cenouras suculentas.
“Aqui estão, Comandante Cenourinha!”, Helena disse com um sorriso.
O Comandante Cenourinha e o Coelho espacial agradeceram, comendo algumas cenouras com grande satisfação. A nave, então, levantou voo, deixando um rastro brilhante no céu.
Enquanto observavam a nave desaparecer, José abraçou Helena. “Viu, Helena? Crescer é poder viver aventuras incríveis e ajudar os outros, mesmo que sejam coelhos espaciais!”.
Helena sorriu. Ela mal podia esperar para crescer e descobrir que outras maravilhas o futuro lhe reservava. Afinal, o quintal, com seus amigos e mistérios, havia lhe ensinado que crescer era a maior aventura de todas.