Alice amava brincar no quintal de casa. Era lá que ela se transformava em uma fada poderosa, voando com suas bonecas e conversando com os passarinhos. Naquele dia, o sol estava brilhante e as flores pareciam sorrir para ela.
"Vovó, vou brincar no quintal!", gritou Alice, correndo porta afora.
"Tudo bem, querida! Mas cuidado para não se sujar muito!", respondeu vovó Adélia, com um sorriso carinhoso.
Alice se divertia como nunca, criando um mundo mágico com suas bonecas. De repente, ela percebeu que sua boneca preferida, a Fifi, tinha sumido!
"Fifi, cadê você?", chamou Alice, procurando por todos os cantos.
Ela procurou embaixo da mangueira, atrás do balanço, dentro da casinha de brinquedo… nada da Fifi! O coração de Alice começou a bater mais forte. Seria um fantasma brincalhão que a tinha levado?
De repente, Alice ouviu um barulho estranho vindo do fundo do quintal, perto do velho pé de jaca. Era um barulho de galhos se mexendo, como se algo estivesse se escondendo ali.
Com cuidado, Alice se aproximou do pé de jaca. Ela espiou por trás da árvore e… que susto! Ela viu algo brilhante e colorido se mexendo lá dentro. Pareciam asas! Seria um dragão? Ou um monstro de olhos brilhantes?
Alice respirou fundo, fechou os olhos e deu um grito: "Quem está aí?".
Silêncio. O barulho parou. Alice abriu os olhos devagarinho e viu que não havia nada ali. Só folhas secas e um pouco de poeira. Seria sua imaginação?
De repente, Alice sentiu algo cutucando seu pé. Ela olhou para baixo e viu... Fifi! A boneca estava caída no chão, coberta de folhas, com um sorriso maroto no rosto de pano.
Alice deu um suspiro de alívio. Ela pegou Fifi no colo e a abraçou com força. "Onde você estava, sua danadinha? Você me deu um susto!", disse Alice, aliviada.
Naquele momento, vovó Adélia apareceu no quintal, com um sorriso no rosto. "Alice, querida, o que está acontecendo? Por que você está falando sozinha?", perguntou a avó, curiosa.
"Ah, vovó, eu estava brincando de esconde-esconde com a Fifi. Ela é muito boa em se esconder!", respondeu Alice, com um sorriso travesso.
Vovó Adélia riu e abraçou Alice. "Sua sapequinha! Venha, vamos entrar. Preparei um lanche delicioso para você!", disse a avó, conduzindo Alice para dentro de casa.
Enquanto comia seu lanche, Alice pensou na aventura que tinha vivido no quintal. Ela não sabia explicar o que tinha visto, mas no fundo, sentia que havia algo mágico naquele lugar. Talvez fosse a magia da brincadeira, que transformava o mundo em um lugar cheio de surpresas e mistérios!
Naquela noite, antes de dormir, Alice olhou para Fifi, que agora descansava em sua cama. "Promete que não vai mais me assustar assim?", perguntou Alice, com um sorriso.
Fifi, é claro, não respondeu. Mas Alice podia jurar que viu um brilho diferente nos olhinhos da boneca, como se ela estivesse aprontando mais uma de suas travessuras mágicas.
