O Susto no Castelo Encantado

O Susto no Castelo Encantado

- Corre, Yuna, corre! - gritou Duda, enquanto corria mais rápido que um coelhinho pela Floresta Encantada.

Atrás dela, as árvores pareciam sussurrar assustadoramente com o vento. Duda tinha certeza de que tinha visto um mago esquisito espiando atrás de um tronco, com um chapéu pontudo e um brilho estranho nos olhos. Ele sorriu de um jeito misterioso e Duda sentiu um frio na barriga. Ela sabia que precisava ser forte e corajosa, como uma verdadeira princesa.

- Yuna, você viu aquele mago? Parecia que ele estava... me observando! - Duda sussurrou para sua mascote, uma coruja de pelúcia que ela levava para todo lugar. Yuna, com seus olhinhos de botão brilhantes, parecia tão assustada quanto Duda.

Elas continuaram correndo até que, de repente, Duda tropeçou em uma raiz e caiu. Quando olhou para cima, seu coração quase saltou do peito. Bem na sua frente, estava um castelo, mas não era um castelo qualquer. Era um castelo sombrio, com torres pontudas que pareciam arranhar o céu.

Lembrando-se de sua missão, Duda respirou fundo e, com um piscar de olhos, se transformou em uma linda princesa, com um vestido brilhante e uma coroa reluzente. Ela sabia que, como princesa, precisava ser forte e enfrentar seus medos.

- Deve ser aqui que o mago está escondido, Yuna! - disse Duda, com um misto de medo e determinação na voz. - Vamos encontrá-lo!

Devagar, Duda e Yuna se aproximaram do castelo. A porta rangeu quando Duda a empurrou, como se estivesse convidando-as para entrar. O castelo estava escuro e silencioso, exceto por um leve barulho de goteira e o farfalhar de asas de morcegos.

Enquanto atravessavam um longo corredor, Duda podia jurar que via vultos se movendo nas sombras. Ela segurava Yuna com força, buscando coragem nos olhos brilhantes de sua amiga de pelúcia.

De repente, um trovão estrondoso fez o castelo tremer. Duda se assustou, mas logo percebeu que era apenas uma tempestade.

- Viu, Yuna? Não era nada de mais! Às vezes, as coisas parecem mais assustadoras do que realmente são - disse Duda, sentindo-se mais corajosa.

Finalmente, elas chegaram a uma sala enorme no final do corredor. No centro da sala, um caldeirão borbulhava sobre uma fogueira, enchendo o ar com um cheiro doce e enjoativo. E sentado em uma poltrona, estava o mago que Duda tinha visto na floresta!

- Olá, princesa Duda - disse o mago, com um sorriso misterioso. - Eu estava esperando por você.

Duda sentiu seu coração bater mais rápido. O que o mago queria com ela?

- Quem é você? E o que você quer? - perguntou Duda, tentando parecer corajosa.

- Sou o Mago Merlin, e estou aqui para te ensinar sobre a resiliência - disse o mago, com um brilho nos olhos.

Duda franziu a testa, confusa. Resiliência? O que aquilo significava?

- Resiliência é a capacidade de superar os desafios e se tornar mais forte com eles - explicou o Mago Merlin. - É como quando você cai, levanta e tenta de novo. É enfrentar seus medos, mesmo quando está com medo.

Duda pensou em como tinha corrido pela floresta, enfrentado seus medos e entrado no castelo, mesmo estando apavorada. Ela percebeu que o Mago Merlin estava certo! Ela tinha sido resiliente!

- Entendi! - exclamou Duda, com um sorriso. - Ser resiliente é ser corajoso, mesmo quando as coisas são difíceis!

- Exatamente! - disse o Mago Merlin, com um sorriso. - E você, Princesa Duda, mostrou muita resiliência hoje.

Duda, orgulhosa de si mesma, deu um abraço apertado em Yuna. A tempestade lá fora finalmente tinha passado e um raio de sol iluminou o castelo, como se estivesse celebrando a descoberta de Duda.

De repente, Duda se viu de volta em seu quarto, com Yuna em seus braços. O castelo, o mago, tudo tinha desaparecido. Teria sido tudo um sonho? Duda não sabia ao certo, mas uma coisa era certa: ela tinha aprendido uma lição valiosa sobre resiliência, uma lição que jamais esqueceria.

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