O Unicórnio Brilhante do Parque

O Unicórnio Brilhante do Parque

O sol da tarde pintava o céu de laranja e rosa quando Joãozinho chegou correndo no Parque, segurando firme na mão do seu avô Lindolfo. O vento soprava suave, fazendo cócegas nas folhas das árvores e trazendo um cheirinho doce de flor.

"Vovô, vovô, vamos brincar de pique-esconde?", Joãozinho perguntou, com os olhinhos brilhando de animação.

"Calma, meu pequeno explorador," respondeu o avô, com um sorriso. "Antes de correr por aí, precisamos lembrar da regra mais importante: o respeito."

Joãozinho parou por um instante, pensativo. "Mas, vovô, o que o respeito tem a ver com pique-esconde?"

"Ora, meu neto, o respeito tem a ver com tudo!," explicou Lindolfo, sentando-se em um banco sob a sombra de um ipê florido. "Respeitar o parque é cuidar das flores, não pisar na grama verde e não jogar lixo no chão. É brincar sem fazer bagunça e sem incomodar os outros."

Joãozinho ouvia com atenção, balançando as perninhas. Ele queria muito encontrar um lugar secreto para se esconder, mas sabia que o vovô estava certo. Respeitar o parque era importante!

De repente, um brilho diferente chamou a atenção de Joãozinho. Era uma luz colorida, que parecia vir de trás de um arbusto de flores roxas. Curioso, ele se aproximou devagar, com o coração batendo forte. Seria um tesouro escondido? Ou quem sabe... um dragão?

"Vovô, olha!", Joãozinho sussurrou, apontando para o arbusto.

Lindolfo se aproximou, os olhos sábios atentos. A cada passo que davam, o brilho aumentava, revelando uma criatura magnífica: um unicórnio!

Ele era branco como a neve, com uma crina longa e sedosa que brilhava em mil cores. Mas o que mais chamava a atenção era o seu chifre: espiralado como um saca-rolhas, ele emanava a luz mágica que tinha atraído Joãozinho.

O unicórnio olhou para eles com seus grandes olhos cor de mel, e Joãozinho sentiu uma paz tão grande que esqueceu até de ter medo.

"Ele é lindo, vovô!", Joãozinho sussurrou, maravilhado.

"Ele é mágico", respondeu Lindolfo, com um brilho nos olhos. "Mas você sabe por que ele está aqui, Joãozinho?"

Joãozinho pensou um pouco e respondeu, com um sorriso: "Porque cuidamos do parque com respeito?"

"Exatamente!", exclamou Lindolfo, feliz. "Os unicórnios são atraídos por lugares onde as pessoas cuidam da natureza e se tratam com carinho."

O unicórnio se aproximou de Joãozinho e esfregou o focinho em sua mão, como um gato manhoso. Joãozinho riu, sentindo uma felicidade que nunca tinha sentido antes. Ele sabia que aquele era um segredo que guardaria para sempre no seu coração: a magia existia para quem sabia respeitar a natureza.

Naquela tarde, Joãozinho brincou de pique-esconde com o avô, sempre tomando cuidado para não pisar nas flores e não fazer bagunça. E, antes de irem embora, ele fez questão de jogar um papelzinho de bala no lixo. Afinal, ele não queria que o unicórnio mágico fosse embora por falta de respeito.

Enquanto caminhavam de volta para casa, de mãos dadas, Joãozinho olhou para trás uma última vez. O sol se punha no horizonte, colorindo o céu de tons alaranjados e rosados. E, por um breve instante, ele achou ter visto o brilho do unicórnio entre as árvores, como um lembrete mágico da importância do respeito.

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