Era uma vez uma criança curiosa e exploradora chamada Davi. Ele adorava passear pela floresta atrás de sua casa, sonhando com aventuras de piratas. Um dia, enquanto explorava o gramado, Davi descobriu um formigueiro e ficou fascinado com a organização das formigas.
De repente, escutou vozes vindo de dentro da floresta. "Quem será que está conversando?", pensou Davi. A curiosidade falou mais alto, e com sua personalidade corajosa, Davi se aventurou para descobrir a origem da conversa.
Ele se deparou com três porquinhas, cada uma mais diferente da outra! A primeira, chamada Penélope, era uma porquinha muito agitada e falava sem parar. A segunda, chamada Aurora, era uma porquinha mais calma e adorava ler livros. A terceira, chamada Luna, era uma porquinha muito organizada e caprichosa.
"Olá!", disseram as porquinhas em coro. "Você mora em uma casa?"
Davi, meio sem graça, respondeu: "Claro que sim! Moro em São Paulo, numa casa bem aconchegante com a minha família."
A porquinha mais nova, Luna, contou: "Nós três, Penélope, Aurora e eu, deixamos a casa da nossa mãe. Crescemos e ela disse para construirmos nossas próprias casas, pois a floresta é perigosa, e tem um lobo que adora comer porquinhos!"
Davi, com seus seis anos, achou o lobo assustador, mas logo disse: "Posso ajudar vocês a construir as casas!"
As porquinhas ficaram animadas. Penélope, a mais apressada, construiu sua casa de palha. Ela amarrou os blocos de palha com rapidez e nem porta ou janela colocou. "Pronto!", gritou ela. "Agora posso ir brincar!"
Davi tentou explicar que era melhor esperar um pouco e fazer tudo com calma, mas Penélope já tinha ido brincar. Então, Davi foi ajudar Aurora a construir sua casa de madeira. Aurora estava concentrada em colocar as tábuas e construir um telhado, janelas e uma porta.
"Está quase pronta!", disse Aurora. "Vou brincar um pouco!"
Davi ficou um pouco triste, pois queria ajudar todas as porquinhas, mas entendeu que cada uma tinha seu ritmo. Então, foi ajudar Luna a construir sua casa de tijolos. Luna queria construir uma casa forte e segura, como a de sua mãe. Davi e Luna trabalharam muito, suando e dando risadas enquanto colocavam os tijolos, o cimento e as janelas de vidro.
Quando finalmente terminaram a construção, Luna convidou Davi para comer alguma coisa em sua casa nova. "Podemos fazer uma sopa no fogão à lenha que construímos!", disse Luna.
Davi, com seu coração de aventureiro, se empolgou com a ideia e juntos entraram na casa aconchegante e quentinha.
Nessa noite, o lobo apareceu! As porquinhas e Davi ficaram com medo. O lobo foi até a casa de palha e com um sopro forte, derrubou toda a casa! Penélope saiu correndo pela floresta escura e o lobo não conseguiu alcançá-la.
"Vamos para o meu esconderijo na Ilha Pirata!", disse Davi, preocupado.
O lobo, faminto, foi para a cabana de madeira. Deu dois sopros fortes e a casa se desfez. Aurora saiu correndo e encontrou Penélope escondida na floresta.
O lobo, irritado, foi soprar a casa de tijolos de Luna. Um cheiro delicioso de sopa vinha da chaminé. O lobo soprou, soprou, soprou, mas a casa não caía. Então, ele resolveu descer pela chaminé!
Quando começou a descer, sentiu um cheiro de queimado! Seu rabo estava pegando fogo!
O lobo, com medo, saiu correndo da casa! As porquinhas, que estavam escondidas, deram risada ao ver o lobo fugindo e voltaram para casa. Luna as acolheu com um abraço apertado e todos se juntaram para tomar uma deliciosa sopa.
E assim, Davi e as três porquinhas se deliciaram naquela noite, percebendo que, às vezes, o que é bom, leva tempo!