As três porquinhas com Gabriel

As três porquinhas com Gabriel

Era uma vez uma criança curiosa e exploradora chamada Gabriel. Ele adorava passear pela floresta atrás de sua casa, sonhando com a próxima aventura de pesca. Naquele dia, Gabriel observava formigas trabalhando em um gramado, uma clareira no meio da mata. De repente, ele escutou algumas vozes! "Que conversa é essa?", pensou Gabriel. Seus olhos castanhos brilhavam de curiosidade. Ele seguiu o som, espreitando entre as árvores com cuidado, usando sua inteligência para se aproximar sem ser visto.

E foi assim que Gabriel encontrou três porquinhas irmãs! A primeira era magrinha e agitada, com um rabo que não parava quieto. A segunda tinha um sorriso largo e orelhas enormes que pareciam abanos. A terceira era a mais calma, com olhos azuis que observavam tudo ao redor.

"Olá!", gritaram as porquinhas em coro, antes mesmo de se apresentarem. "Você mora em uma casa?". Gabriel ficou um pouco confuso. "Claro que sim! Moro em Boa Vista, com minha família. É uma casa aconchegante, com um quintal cheio de flores!"

"Ah, que bom!", disse a porquinha mais nova, com um olhar preocupado. "Nós e nossas irmãs acabamos de sair da casa de nossa mãe. Já estamos grandes e ela nos aconselhou a construir nossas próprias casas. A floresta tem seus perigos, como um lobo que adora comer porquinhos! Eca!". Gabriel, com seus 7 anos, franziu a testa. "Que horror!", murmurou.

"Mas não se preocupe! Eu posso ajudar!", exclamou Gabriel. "Vamos construir casas incríveis para vocês!". As porquinhas sorriram, aliviadas.

A primeira porquinha, a mais agitada, resolveu construir sua casa de palha. Ela amarrou grandes blocos de palha e nem porta ou janela colocou. "Preciso terminar logo para brincar!", gritou ela, correndo para o lado de fora. "Mas espere!", gritou Gabriel, "vou ajudar as três! Um pouquinho para cada, para que todos possam brincar juntos!". Gabriel adorava brincar com seu superpoder de respirar debaixo d'água, e a floresta tinha um lago cheio de mistérios!

A segunda porquinha, a de sorriso largo, resolveu construir sua cabana de madeira. Ela buscou madeira na floresta, fez um telhado, portas, janelas... mas, vendo sua irmã brincando, não se preocupou em colocar muitos pregos. "Depois eu coloco!", pensou, correndo para brincar também. Gabriel, então, foi ajudar a terceira porquinha.

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A terceira porquinha queria construir uma casa como a de sua mãe, com tijolos, cimento, janelas de vidro, um telhado seguro. Elas suaram muito com todo esse trabalho, mas riam enquanto construíam. "Olha só, a palha da casa da minha irmã já está toda desmanchada!", gritou a porquinha, apontando para a casa da irmã mais velha, que estava sendo levada pelo vento.

Finalmente, a casa de tijolos ficou pronta! "Que casa linda!", exclamou Gabriel. "Vamos comer alguma coisa na sua casa nova?". A porquinha, com seus olhos azuis brilhando, respondeu: "Que ideia ótima! Podemos cozinhar algo no fogão à lenha que construímos!".

Nessa noite, o lobo apareceu! As porquinhas e Gabriel sentiram medo. O lobo foi logo na casa de palha e com apenas um sopro forte, derrubou toda a casa! A porquinha que vivia ali saiu correndo pela floresta escura sem que o lobo pudesse alcançá-la. "Ele vai pegar a minha irmã!", pensou Gabriel, preocupado. "Se precisar, podemos ir para o meu esconderijo, o Lago Misterioso, é muito seguro!".

O lobo, que estava com fome e não queria perder tempo, foi logo para a cabana de madeira. Precisou de dois sopros fortes, e logo a casa se desfez. A segunda porquinha saiu correndo e encontrou sua irmã escondida na floresta. "Corram, o lobo está vindo!", gritou a segunda porquinha.

O lobo, já irritado, foi soprar a terceira casa, de tijolos, por onde saia um cheiro delicioso da chaminé. Soprou, soprou, soprou, e nada. A casa não caia. Então resolveu descer pela chaminé! Parecia uma boa ideia! Mas quando começou a descer, sentiu um cheiro de queimado! Seu rabo estava pegando fogo!

Dessa vez era o lobo que sentia medo e foi logo embora de lá! As duas porquinhas escondidas deram risada quando viram o lobo correndo e enfim puderam voltar. Sua irmã as acolheu e junto à Gabriel tomaram uma sopa deliciosa! Era bom se sentir acolhido, dentro de uma casa quentinha e segura!

E assim, Gabriel e as três porquinhas se deliciaram naquela noite, percebendo que, às vezes, o que é bom, leva tempo!

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