"Uma cenoura falante!", Duda exclamou, arregalando os olhos para a horta no quintal. Vovô Lindolfo, com seu chapéu de palha e regador na mão, riu. "Cenouras não falam, Dudinha! Mas essa aqui cresceu tanto que até parece ter segredos pra contar!"
Duda, curiosa como sempre, se aproximou da cenoura gigante. Era realmente enorme, quase do tamanho dela! "Vovô, por que essa cenoura cresceu tanto? Ela comeu mágica?", perguntou Duda, lembrando de seus livros de princesas e castelos encantados.
Vovô Lindolfo, sábio como uma coruja, explicou: "A mágica está na terra, no sol e na água! A comida que a gente come também precisa desses ingredientes poderosos, sabia?" Duda fez que sim com a cabeça, encantada com a ideia de que a comida era mágica. "Essa cenoura gigante, por exemplo, vai nos dar muita energia para brincar e aprender!", completou o avô.
Enquanto Vovô Lindolfo colhia a cenoura gigante, Duda notou algo se mexendo perto dos pés de couve. Era um coelhinho branco e fofinho, com olhos brilhantes como contas pretas! "Olha, vovô, um bebê coelho!", ela sussurrou, com medo de assustar o bichinho. O coelhinho se aproximou da cenoura gigante e, com seu focinho minúsculo, começou a empurrá-la!
Duda e Vovô Lindolfo caíram na gargalhada. "Parece que alguém adorou a cenoura gigante!", disse o avô. A menina, então, teve uma ideia. Correu para dentro de casa e voltou com um pote cheio de folhas verdes. "Aqui, coelhinho! Cenouras são deliciosas, mas a gente precisa comer de tudo um pouco, igualzinho o vovô ensinou!", disse Duda, com um sorriso sapeca.
O coelhinho, como se entendesse, deu uma mordiscada numa folha e depois na cenoura, feliz da vida. Duda e Vovô Lindolfo se olharam, contentes. Aquele quintal, cheio de vida e descobertas, era realmente mágico!
De volta para casa, Duda, já imaginando mil aventuras para viver com o novo amigo coelhinho, devorou um delicioso bolo de cenoura feito pelo Vovô Lindolfo. Afinal, para ter energia para tanta brincadeira, a comida mágica era essencial! E assim terminou a tarde, com a certeza de que, às vezes, as maiores aventuras se escondem nos lugares mais simples, como um quintal ensolarado, uma cenoura gigante e um coelhinho com muita fome!