Naquela tarde ensolarada em Curitiba, Theo sentia uma coragem diferente, uma coragem que vinha do coração e fazia cócegas na barriga. Era dia de ir ao Parquinho, um lugar mágico onde tudo podia acontecer! Theo amava dinossauros e monstros, e no parquinho, ele podia ser um aventureiro destemido em busca de terras desconhecidas.
Chegando lá, viu sua prima Laura, já em plena brincadeira no gira-gira.
“Theo! Olha só quem resolveu aparecer!”, Laura disse com um sorriso. “Prepare-se para girar comigo até ficarmos tontos!”
Mas Theo notou algo diferente. No cantinho do parquinho, debaixo do escorregador amarelo, estava um cachorrinho branco, com manchas pretas que pareciam um mapa do tesouro. Theo se aproximou devagar.
“Oi, cachorrinho. Você está perdido?”, Theo perguntou com a sua voz doce.
Para a surpresa de Theo, o cachorrinho respondeu: “Oi! Não estou perdido, só observando a coragem das crianças! A sua, por exemplo, é da cor do sol!”.
Theo arregalou os olhos. Um cachorro falante? Isso era demais, até para um aventureiro como ele.
“Minha coragem é da cor do sol?”, Theo perguntou, curioso.
“Sim! É forte e brilhante! Mas e aí, vamos brincar?”, o cachorro respondeu, abanando o rabo com entusiasmo.
Theo, ainda surpreso, aceitou a proposta do cachorro falante. Correram, pularam e desceram no escorregador juntos. Laura, vendo a dupla se divertindo, logo se juntou a eles.
“Esse é o Totó, ele fala!”, Theo contou, orgulhoso de apresentar seu novo amigo.
Laura, no início, não acreditou, mas Totó logo a convenceu com um “Olá!” bem animado. Os três viraram grandes amigos, inventando mil brincadeiras.
Enquanto brincavam de piratas em alto mar, Theo sentiu medo ao ter que atravessar a ponte de madeira. Era alta e balançava um pouco. Laura, percebendo a hesitação do primo, segurou sua mão e disse:
“Lembra da sua coragem da cor do sol? Ela está com você!”.
E Totó completou: “A coragem não é a ausência do medo, mas a força para enfrentá-lo!”.
Inspirado pelas palavras dos amigos, Theo respirou fundo e atravessou a ponte. A cada passo, sentia a coragem crescer dentro dele, como um sol que iluminava seus medos.
Ao final da tarde, Theo se despediu de Laura e do seu novo amigo, Totó. Ele sabia que a coragem não era algo que vinha e ia embora, mas sim algo que morava dentro dele, pronto para brilhar sempre que fosse preciso.
E assim, Theo voltou para casa, com o coração cheio de alegria e a certeza de que, com coragem e bons amigos, qualquer aventura seria possível.
