"Corram!", gritou Maria, sua voz tremendo enquanto ela e Fifi, seu fiel cachorro, corriam pelos corredores da escola. Uma sombra esguia espreitava atrás deles, deslizando pelas paredes como se não fosse feita de nada real. A sombra se esticava, ameaçando engoli-los por completo!
Fifi, corajoso como sempre, latia sem parar. "Au! Au!", ele latia, tentando espantar a figura assustadora. Maria apertava Fifi em seus braços, correndo mais rápido do que jamais imaginou ser capaz.
Tudo começou naquela tarde, durante a aula sobre amizade. "Amizade é como uma plantinha", explicou a professora, "precisa ser cuidada com carinho para crescer forte". Maria, sempre curiosa, pensava em como sua amizade com Fifi era especial. Fifi não era apenas um cachorro, era seu melhor amigo!
Enquanto a aula acontecia, um barulho estranho ecoou do pátio. Era um som agudo, como um assobio misturado com um rugido. De repente, um macaco marrom, com olhos arregalados e pelo eriçado, invadiu a sala de aula! Todos gritaram, mas Maria sentiu uma pontada de pena do bichinho. Ele parecia tão assustado quanto eles.
Usando seu superpoder secreto, Maria se aproximou do macaco e sussurrou: "Calma, amiguinho, não vamos te machucar". O macaco a encarou com surpresa e, num pulo ágil, subiu em seu colo. Através de uma conversa silenciosa, Maria entendeu que o macaco estava perdido e com medo. Ele havia escapado de um grupo de teatro que se apresentava na escola e agora não conseguia encontrar o caminho de volta.
Nesse momento, a sombra esguia apareceu pela primeira vez, deslizando pela lousa como um fantasma! Maria e Fifi sabiam que precisavam ajudar o macaco, mas a sombra parecia querer impedi-los.
Correndo pelos corredores escuros, Fifi guiava o caminho, latindo para a sombra. O macaco, agarrado ao pescoço de Maria, tremia de medo. "Onde ele se escondeu?", Maria pensava, procurando o macaco perdido dos cartazes colados pelas paredes. A sombra se aproximava cada vez mais, e Maria podia sentir seu corpo gelado.
Finalmente, Fifi parou em frente a uma porta entreaberta. "Miau!", um miado suave veio de dentro da sala. Empurrando a porta com cuidado, Maria e seus amigos se depararam com uma cena inusitada.
Em um canto da sala, iluminado pela luz da lua que entrava pela janela, estava o dono do macaco, um senhor de bigodes grisalhos, acariciando um gato preto. O gato ronronava feliz, enquanto o macaco, ao ver seu dono, pulou nos braços dele, aliviado.
A sombra esguia havia desaparecido! O senhor explicou que a sombra era apenas a sombra da cortina da janela, que se movia com o vento. O macaco, brincalhão, havia fugido enquanto ele acariciava o gato.
Aliviados e felizes, Maria e Fifi se despediram do macaco e seu dono. Enquanto caminhavam de volta para casa, Maria pensava em como a amizade podia surgir nos lugares mais inesperados, mesmo na escola, em meio a sustos e sombras misteriosas. E, claro, na companhia de um cachorro corajoso como Fifi, nenhuma aventura era assustadora demais!