Era uma vez uma criança chamada Ana e ela vivia com sua mãe em uma casinha nas montanhas. A casinha era pequena, mas aconchegante, com paredes de pedra e um telhado de madeira. A porta era vermelha e as janelas eram pequenas, mas deixavam entrar a luz do sol. O jardim da casa era cheio de flores coloridas e cheirosas. Ana adorava brincar no jardim e observar as flores. Ela passava horas observando as abelhas polinizarem as flores, e as borboletas dançando de flor em flor. Mas, mais do que tudo, Ana adorava sua avó!
A avó de Ana era uma mulher muito gentil e carinhosa. Ela tinha cabelos brancos e olhos azuis, e sempre usava um vestido de flores. A avó de Ana tinha costurado um capuz vermelho para que a menina se protegesse do frio. O capuz ficava lindo em Ana, com seus cabelos loiros e lisos e seus olhos marrons brilhantes. Por causa do capuz vermelho, todos chamavam Ana de Chapeuzinho Vermelho.
Certo dia, a mãe de Ana disse: “Minha querida Ana, sua avó está um pouco doente. Você poderia levar esta cesta até a casa dela, no outro vale? Ela precisa de cuidados, e você sabe como ela gosta de suas visitas”. Ana, sempre carinhosa, respondeu: “Claro, mamãe! Vou cuidar da vovó com todo o meu carinho!”. A mãe de Ana preparou uma cesta com várias comidas deliciosas: pão fresco, torta de frutas, geleia de morango e um bolo de chocolate. “Ana, vá pelo caminho da estrada, é mais longo, mas mais seguro”, disse a mãe. “A floresta é perigosa!”. Ana assentiu e pegou a cesta, prometendo que retornaria no dia seguinte. “Mamãe, não vou comer nada! Vou guardar tudo para a vovó!”, disse Ana, determinada a cuidar da avó com o máximo carinho.
Chapeuzinho Vermelho saiu de casa, com seu capuz vermelho e a cesta de comidas. Logo que saiu, encontrou um lobo. O lobo era grande e malvado, mas fingia ser gentil. “Olá, menina! Para onde você vai com essa cesta tão bonita?”, perguntou o lobo. Ana, sem desconfiar, respondeu: “Estou levando comidinhas para a minha avó! Ela está doente”. “Que pena! Que tal eu ir por um caminho mais rápido e entregar as comidas para sua avó antes de você?”, disse o lobo, sorrindo maliciosamente. Ana, ingênua, não desconfiou de nada e se despediu do lobo.
Chapeuzinho Vermelho seguiu pelo caminho da estrada, longo e seguro. O que Ana não sabia era que o lobo havia pegado o caminho da floresta e pretendia chegar na casa de sua avó antes da criança. E assim aconteceu. O lobo chegou à casa da avó e, sem hesitar, comeu a velha senhora em uma mordida só! Depois, vestiu as roupas da avó e se deitou na cama, esperando por Ana.
Quando Chapeuzinho Vermelho chegou à casa da avó, viu a porta entreaberta. “Vovó, que bom que você já está melhor!”, disse Ana. A voz do lobo, disfarçada, respondeu: “Entre, minha querida, e me ajude a colocar a cesta no chão”. Ana entrou na casa e, ao ver a avó na cama, estranhou: “Vovó, que olhos grandes você tem!”. O lobo, disfarçado de avó, respondeu: “É para ver você melhor, minha querida”. “Vovó, que nariz grande você tem!”. “É para sentir melhor seu cheiro, minha querida”, disse o lobo. “Vovó, que boca grande você tem!”. O lobo, sem perder a oportunidade, abriu a boca e gritou: “É para sentir melhor seu gosto!”.
Nesse momento, um senhor andava pela floresta. Era um sábio lenhador, que tinha poderes mágicos! O senhor escutou Ana em apuros e correu para a casa. Antes que o lobo pudesse comer Chapeuzinho Vermelho, o senhor entrou na casa e, com um movimento de sua mão, encantou o lobo, fazendo com que ele se tornasse manso e dócil. O lenhador colocou o lobo para dormir, e então Ana contou tudo o que aconteceu. “Não se preocupe, minha querida”, disse o lenhador, sorrindo. “Não há maldade que vença a bondade!”. E, apenas mexendo suas mãos, o lenhador tirou a avó da barriga do lobo!
Ana abraçou sua tão amada avó, feliz por tê-la de volta. “Obrigada, senhor lenhador, por ter nos salvado”, disse Ana, com seu capuz vermelho cobrindo seu cabelo liso e loiro. “De nada, minha querida”, respondeu o lenhador. “E agora, vamos comer! Que tal um bolo de chocolate?”. Ana, feliz e grata, ofereceu as comidas gostosas que sua mãe tinha preparado.
Naquela noite, Ana, sua avó e o lenhador mágico se deliciaram com as comidas feitas pela mãe de Ana. E não é que essa história deu fome?