Era uma vez uma criança chamada Vitória e ela vivia com sua mãe em uma casinha nas montanhas… A casinha era pequena, mas aconchegante, com janelas que pareciam olhos brilhantes olhando para o verde das montanhas. As paredes eram de pedra, pintadas de um branco que lembrava a neve que cobria as montanhas no inverno. Vitória adorava brincar no jardim, cheio de flores coloridas que pareciam sorrisos para o sol. Ela amava as histórias de contos de fadas, especialmente as que falavam de princesas valentes e príncipes encantadores. Mas, mais do que tudo, Vitória amava sua avó! A avó de Vitória era uma mulher doce, que sempre tinha um abraço quente e um sorriso gentil. Ela tinha costurado um capuz vermelho para que Vitória se protegesse do frio, e por isso, todos chamavam Vitória de Chapeuzinho Vermelho. O capuz vermelho combinava perfeitamente com o cabelo ondulado e ruivo de Vitória e com seus olhos castanhos que brilhavam de alegria.
Certo dia, a mãe de Vitória pediu à criança que fosse até a casa de sua avó, que ficava em outro vale. A avó de Vitória estava um pouco doente e precisava de cuidados. "Vá pelo caminho da estrada, meu bem. É o mais longo, mas é mais seguro", disse a mãe. Vitória, com sua mente criativa, pensou em uma ideia: "Mãe, eu posso levar uma cesta com frutas e doces para a vovó! Ela vai adorar!" A mãe de Vitória preparou uma cesta com várias comidas deliciosas: um bolo de morango, biscoitos amanteigados e frutas frescas. Nada melhor que uma comida feita com amor para melhorar qualquer doença! "Volte amanhã, meu bem!", disse a mãe, com um sorriso. Vitória, ou melhor, Chapeuzinho Vermelho, saiu de casa com seu capuz vermelho e a cesta de comidas. "Eu não vou comer nada antes de chegar na casa da vovó! Quero guardar tudo para ela!", pensou Vitória, resistindo à tentação de comer os doces.
Logo que saiu de casa, Chapeuzinho Vermelho encontrou um lobo. O lobo era malvado, mas fingia ser gentil. "Olá, menina! Para onde você vai com essa cesta tão bonita?", perguntou o lobo. "Vou levar comida para a minha vovó, que está doente", respondeu Vitória. "Que pena! Que tal você ir pelo caminho da floresta? É mais curto e você chegará mais rápido!", disse o lobo, com um sorriso malicioso. Vitória, com sua inocência, acreditou no lobo e seguiu seu caminho. O lobo, com seu olhar traiçoeiro, se despediu e seguiu pelo caminho da floresta.
Vitória foi pelo caminho mais longo, mas mais seguro… Mas o que Vitória não sabia era que o lobo tinha pego o caminho da floresta e pretendia chegar na casa de sua avó antes da criança. E assim aconteceu. O lobo chegou na casa da avó e, com uma mordida só, comeu a velha senhora! Depois, ele vestiu a camisola da avó e deitou na cama, esperando a chegada de Chapeuzinho Vermelho.
Quando Vitória chegou à casa de sua avó, viu a porta entreaberta. "Vovó, que bom que você está melhor!", exclamou Vitória. "Entre, meu bem", respondeu o lobo, com uma voz rouca. Vitória entrou e viu sua avó deitada na cama. "Vovó, que olhos grandes você tem!", disse Vitória, surpresa. "É para ver você melhor, meu bem!", respondeu o lobo, com um sorriso. "E vovó, que nariz grande você tem!", disse Vitória, ainda mais surpresa. "É para sentir melhor seu cheiro, meu bem!", respondeu o lobo. "E vovó, que boca grande você tem!", disse Vitória, assustada. O lobo, com um sorriso malicioso, respondeu: "É para sentir melhor seu gosto!". De repente, o lobo avançou em Vitória, com a boca escancarada!
Naquele momento, um senhor andava pela floresta. Era um sábio lenhador, que tinha poderes mágicos! O senhor escuta Vitória em apuros! "Socorro!", gritou Vitória, com medo. Antes que o lobo pudesse comer Chapeuzinho Vermelho, o senhor entrou na casa e conseguiu salvar a criança.
O mágico lenhador conseguiu encantar o lobo, fazendo com que ele se tornasse manso e dócil. O lenhador colocou o lobo para dormir. "O lobo comeu sua avó?", perguntou o lenhador, com uma voz calma. Vitória contou tudo que aconteceu. O lenhador sorriu, dizendo: "Não há maldade que vença a bondade!" E, apenas mexendo suas mãos, tirou a avó da barriga do lobo! Vitória abraçou sua tão amada avó! Ela, com seu capuz vermelho cobrindo seu cabelo ondulado, agradeceu ao lenhador e ofereceu as comidas gostosas que sua mãe tinha preparado!
Naquela noite, Vitória, sua avó e o lenhador mágico se deliciam com as comidas feitas pela mãe de Vitória. E não é que essa história deu fome?
