João e o pé de feijão com Henrique

João e o pé de feijão com Henrique

Henrique e João adoravam ser vizinhos! Moravam em casas bem próximas, em São Paulo, com um quintal enorme separando as duas. João morava numa casa antiga, com paredes grossas e um quintal todo gramado, que no passado foi cheio de vacas e galinhas. Hoje, João vivia com sua mãe e uma única vaca, a Branca, que quase sempre fornecia o leite para o dia. Mas Henrique, sempre atento e querido, levava lanches deliciosos para João e sua mãe, para que os dois pudessem brincar sem parar no gramado. João adorava brincar de pega-pega, e Henrique, de dragões!

"João, vamos brincar de dragões hoje!", gritava Henrique, com seus olhos brilhantes e cabelos crespos.

"Hum... Mas como podemos brincar de dragões sem ter dragões de verdade?", respondeu João, com um sorriso travesso.

"É fácil! Eu sou um dragão!", gritou Henrique, esticando os braços como asas e soltando um bafo quente de ar, imitando o fogo de um dragão.

"Uau, Henrique, que legal! Você parece mesmo um dragão!", disse João, impressionado.

E assim, Henrique e João passavam horas brincando no quintal, com Henrique imaginando que era um dragão e João, um cavaleiro valente.

Certo dia, a mãe de João chamou o filho. "João, meu bem, precisamos vender a Branca. Não temos mais dinheiro para comida, e precisamos de mais do que apenas leite."

João ficou triste, mas entendeu. "Mãe, não se preocupe. Vou encontrar um comprador para a Branca."

Ele então chamou Henrique e, com um sorriso, disse: "Vamos levá-la para a feira e encontrar alguém que queira comprar a Branca!".

Henrique, cheio de entusiasmo, concordou. "Vamos encontrar o melhor dono para ela! Um que a trate bem!"

Mas, quando passavam por uma esquina, um senhor simpático parou João e Henrique. "Olá, meninos! Viram essa vaca linda? Vocês querem feijões mágicos em troca dela?"

João e Henrique se entreolharam. Feijões? "Mágicos? Que legal!", exclamou Henrique, com os olhos brilhando.

"Sim, mágicos!", disse o senhor. "Eles podem dar muito mais alimento do que o leite da sua vaca!"

João e Henrique, com seus corações cheios de esperança, aceitaram a proposta. "Ok! Feito!", gritaram juntos.

Quando chegaram em casa, a mãe de João ficou chocada! "Vocês venderam a Branca por feijões? Mas esses feijões não servem para nada! Vocês foram enganados!", disse ela, com lágrimas nos olhos.

"Mãe, calma. Os feijões são mágicos!", disse João, tentando confortar sua mãe.

Mas a mãe de João, com o coração apertado, pediu para Henrique voltar para casa. "Vá dormir, meu bem. Amanhã conversaremos sobre isso."

João, triste e deitado na cama, pensou em sua vaca e, com raiva, jogou os feijões mágicos pela janela.

No dia seguinte, João acordou e olhou para o quintal. Seus olhos se arregalaram! Um pé de feijão enorme, que chegava às nuvens, tinha crescido no lugar onde os feijões tinham sido jogados!

A mãe de João, mesmo preocupada, não sabia o que fazer com o pé de feijão gigante. "João, vá brincar com Henrique. Eu vou tentar descobrir o que fazer com esse pé de feijão."

Henrique e João, com a curiosidade afiada, não conseguiram resistir à tentação de escalar o pé de feijão! E a subida não acabava... Era tão alto!

"João, você está com medo? ", perguntou Henrique, com um sorriso corajoso.

"Um pouco, mas não vou desistir! Você está comigo, Henrique!", respondeu João, determinado.

Enfim, eles chegaram ao topo das nuvens! Lá, um grande castelo! Uma senhora enorme, muito alta mesmo, recebeu João e Henrique. "Bem-vindos, meninos! Mas por favor, vão embora. Meu marido é um gigante que se alimenta de crianças!"

O chão começou a tremer e João e Henrique se esconderam, com medo do gigante.

"Henrique, eu estou com medo!", sussurrou João, tremendo.

"Calma, João! Vamos ficar escondidos até o gigante ir embora!", disse Henrique, com voz firme.

Enquanto se escondiam, João viu algumas moedas de ouro no chão e as colocou no bolso, sem que Henrique percebesse.

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"João, podemos ir embora agora!", disse Henrique, quando o tremor parou.

Eles desceram rapidamente pelo pé de feijão, e Henrique, com um sorriso, disse: "Meu esconderijo, a Ilha dos Dragões, é muito melhor do que esse lugar!"

João concordou. "É mesmo! E nós temos que ser espertos. Vamos viver de forma simples, mas quando as moedas acabarem, voltaremos a escalar o pé de feijão!"

E assim, João e sua mãe viveram de forma simples, mas confortável, com as moedas que João tinha pegado. A mãe de João, agora feliz, dava pedaços de bolo para Henrique levar para casa.

"Henrique, você vai gostar muito do bolo! Minha mãe faz o melhor bolo do mundo!", disse João.

Henrique, com um sorriso, respondeu: "Minha mãe vai ficar muito feliz com o bolo! Ela gosta muito de coisas gostosas!"

Mas, enfim, as moedas acabaram. João e Henrique, mesmo sabendo do perigo do gigante, resolveram escalar o pé de feijão mais uma vez.

"Henrique, você está com medo? ", perguntou João, com um pouco de medo.

"Não, João! Eu sou um dragão! Eu não tenho medo de nada!", disse Henrique, com a voz cheia de bravura.

Dessa vez, entraram no castelo e se esconderam na cozinha. Lá estava o gigante, cuidando de uma pata gorda.

"Henrique, olhe! Essa pata bota ovos de ouro!", exclamou João, com os olhos brilhando.

Henrique, com os olhos arregalados, respondeu: "Que legal! Podemos pegar os ovos e levar para a minha mãe!".

Eles esperaram o gigante ir dormir e conseguiram capturar a pata, que não fez barulho nenhum! Foi difícil, mas conseguiram, com muito esforço e trabalho em equipe.

"João, olha só! Pegamos a pata!", gritou Henrique, com um sorriso vitorioso.

"Henrique, você é muito esperto! ", disse João, admirado.

Eles desceram com a pata, que botava ovos de ouro, e a mãe de João ficou muito feliz! "Agora, nunca mais vamos passar fome!", disse ela, com um sorriso radiante.

Mas João, que havia visto uma harpa de ouro na saída do castelo, decidiu subir novamente. "Henrique, vou pegar a harpa! Fico devendo uma pra você!", disse ele, determinado.

No dia seguinte, João subiu o pé de feijão, sem avisar Henrique. "Vou ser rápido! Sei exatamente onde a harpa está!", pensou ele.

Mas dessa vez, o gigante esperava por João na porta! O gigante começou a perseguir João, mas o menino, rápido e esperto, conseguiu descer pelo pé de feijão, com o gigante em seu encalço.

João, muito aflito, correu para casa de Henrique e contou tudo o que aconteceu. "Henrique, o gigante está atrás de mim! Precisamos fazer alguma coisa!"

Henrique, com a inteligência de um dragão, teve uma ideia! "João, vamos cortar o pé de feijão! Assim, o gigante não vai conseguir descer!"

"Que ideia ótima! Vamos fazer isso!", disse João, com um sorriso.

E assim, João e Henrique, com muito esforço e determinação, conseguiram cortar o pé de feijão, com um machado que encontraram na casa de João.

"Conseguimos, João! O gigante nunca mais vai descer!", gritou Henrique, com a voz cheia de entusiasmo.

Henrique, com um sorriso, disse: "João, a gente só precisa do necessário, nem mais, nem menos. Do necessário!"

A mãe de João, aliviada com o fim do pé de feijão, chamou João e Henrique para um lanche gostoso.

E naquela tarde, a mesa estava cheia na casa de João: de pão, bolo, amor e risadas! O necessário!

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