Leonardo e João adoravam ser vizinhos! As casas deles eram bem próximas, na cidade de Vitória. A única diferença era que João tinha um quintal enorme, todo gramado. Em outras épocas, viviam ali muitas vacas e galinhas.
Hoje em dia, João morava com sua mãe e uma única vaca no quintal, a Branca. Às vezes, o leite da Branca era tudo o que comiam no dia. Mas sempre que podia, Leonardo levava alguns lanches para garantir a brincadeira sem fim pelo gramado, e a mãe de João sempre agradecia. João adorava brincar de pega-pega, e Leonardo, dos seus interesses em História. Naquele dia, estavam brincando de "História de Piratas", com João correndo e Leonardo apontando um graveto imaginário como uma espada, gritando: "Preparem-se para o ataque, marinheiros!".
De repente, a mãe de João chamou: "João, meu bem, precisamos conversar! Preciso vender a Branca. Não temos mais comida em casa!". João ficou triste e, entre risadas, chamou Leonardo: "Vamos levar a Branca para a feira! Quem sabe encontramos um bom comprador?". Leonardo, sempre aventureiro, concordou: "Vamos lá! E se encontrarmos alguém que troque a Branca por um tesouro?".
Caminhando pela rua, João e Leonardo viram um senhor simpático parado na esquina. O senhor tinha um sorriso enorme e segurava um saco de feijões coloridos. "Olá, meninos! Vocês têm uma vaca para vender? Posso trocar por esses feijões mágicos!", ofereceu o senhor. João e Leonardo se entreolharam, pensando: "Feijão alimenta mais do que leite! Podemos trocar!". "Fechado!", gritou João. "A Branca é sua!".
Chegando em casa, João contou para a mãe sobre a troca. "Feijões mágicos? Você está louco! Esse senhor nos enganou! João, meu amor, vá dormir!", disse a mãe de João, chorando. A tristeza tomou conta da casa. João, sem saber o que fazer, pegou os feijões e jogou pela janela com raiva, antes de se deitar.
No dia seguinte, a mãe de João abriu a janela e deu um grito! Um pé de feijão enorme, que chegava até as nuvens, tinha crescido no quintal! Ela não sabia o que fazer com aquilo, se ia vender os feijões, mas deixou João e Leonardo brincarem.
João e Leonardo, sempre curiosos, resolveram escalar o pé de feijão. A subida não acabava! "Uau! É incrível, João! Parece que estamos subindo para o céu!", exclamou Leonardo, com os olhos brilhando. Finalmente, quando passaram das nuvens, encontraram um grande castelo! Uma senhora enorme, muito alta mesmo, recebeu João e Leonardo. "Bem-vindos! Mas saiam daqui! Meu marido é um gigante que se alimenta de crianças!", disse a senhora, com um sorriso gentil, mas um pouco assustador.
De repente, o chão começou a tremer! O gigante estava chegando! João e Leonardo se esconderam atrás de um armário. No chão, eles encontraram algumas moedas de ouro. "Uau! São tesouros!", gritou João, colocando as moedas no bolso. Quando o barulho do gigante passou, eles correram para fora do castelo e desceram o pé de feijão rapidinho!
"Que aventura, João! Mas meu esconderijo, o Túnel do Tempo, é muito melhor que esse castelo!", disse Leonardo, rindo. "Verdade, Leonardo! Vamos viver de forma simples, mas quando as moedas acabarem, voltamos para o pé de feijão!", respondeu João.
Durante um bom tempo, João e sua mãe viveram de forma simples, mas confortável com as moedas. A mãe de João até dava pedaços de bolo para Leonardo levar para casa, retribuindo o cuidado. "Na minha casa, eles vão adorar!", disse Leonardo, com um sorriso.
Enfim, as moedas acabaram. João e Leonardo resolveram escalar o pé de feijão mais uma vez. Dessa vez, entraram no castelo e se esconderam na cozinha. Lá estava o gigante, cuidando de uma pata gorda. João e Leonardo perceberam que a pata botava ovos de ouro! Eles esperaram o gigante dormir e conseguiram capturar a pata, que não fez barulho nenhum. Foi difícil descer com ela, mas conseguiram! "Vamos, João! Use o pé de feijão como uma escada!", gritou Leonardo, com a pata gorda nos braços.
A mãe de João ficou muito feliz! Finalmente, teriam o que comer! Mas João tinha visto uma harpa de ouro na saída do castelo e pensou que dessa vez, iria sozinho. No dia seguinte, ele não foi brincar com Leonardo e subiu o pé de feijão. Ele queria ser rápido, já sabia onde a harpa estava. Mas dessa vez, o gigante esperava por João na porta! O gigante perseguiu João, mas o menino finalmente conseguiu descer!
João, muito aflito, correu para a casa de Leonardo. "O gigante me perseguiu! Precisamos cortar o pé de feijão para que ele nunca mais desça!", gritou João, sem parar de respirar. Leonardo, sempre com boas ideias, concordou. "Podemos cortar o pé de feijão com um machado! Sua mãe já está feliz com a pata gorda e os ovos de ouro!".
João e Leonardo pegaram um machado da casa de João e, com muito, mas muito esforço, conseguiram cortar o pé de feijão. "É isso! O gigante nunca mais descerá!", gritou Leonardo, com um sorriso. "Leonardo, a gente só precisa do necessário, nem mais, nem menos!", disse João. "Aquele perigo não valia a pena!".
A mãe de João ficou aliviada com o fim do pé de feijão. "Venham comer, meus amores! Vocês merecem um lanche gostoso!". E naquela tarde, a mesa estava cheia na casa de João: de pão, bolo, amor e risadas! O necessário!