João e o pé de feijão com Mariana

João e o pé de feijão com Mariana

Mariana e João adoravam ser vizinhos! Eles moravam em casas próximas, em São Paulo. A única diferença era que João tinha um quintal enorme, todo gramado. Em outras épocas, viviam ali muitas vacas e galinhas. Mas nos dias de hoje, João vivia com sua mãe e uma única vaca no quintal, a Branca. Às vezes, o leite da Branca era tudo o que eles comiam no dia. Mas sempre que podia, Mariana levava alguns lanches para garantir a brincadeira sem fim pelo gramado. A mãe de João sempre agradecia. João adorava brincar de pega-pega e Mariana amava ballet. Naquele dia, eles brincavam de "Bailarina e Cavaleiro", com João correndo atrás de Mariana enquanto ela girava e saltava, imitando os movimentos da dança.

Certo dia, a mãe de João pediu que ele vendesse a Branca. Eles precisavam de mais do que apenas leite. Então, João chamou Mariana e, entre risadas, eles seguiram para a feira. Mas, quando passavam por uma esquina, encontraram um senhor simpático que logo veio falar com João e Mariana.

"Olá, crianças! Vocês têm uma vaca para vender?" perguntou o senhor.

"Sim! É a Branca!" respondeu João.

"Que sorte a minha!" exclamou o senhor. "Eu tenho feijões mágicos! Em troca da sua vaca, dou a vocês um saco cheio deles!"

João e Mariana se entreolharam. "Feijões?" perguntou Mariana. "Mas feijão alimenta mais do que leite!"

"É verdade!" concordou João. "Mamãe, podemos trocar a Branca pelos feijões mágicos?"

"Sim, João! Que sorte a nossa! Que feijões mágicos!" respondeu a mãe de João. "Obrigada, senhor!"

João e Mariana voltaram para casa, felizes com a troca. Mas quando chegaram, a mãe de João começou a chorar. "Oh, João! O senhor me enganou! Esses feijões não são mágicos!"

"Mas... mas..." João estava confuso. "Ele disse que eram mágicos!"

"Ele te enganou, meu filho. Ele queria apenas a Branca!" disse a mãe de João, com lágrimas nos olhos.

A mãe de João pediu que Mariana voltasse para casa e que João fosse dormir. De noite, chorando pois não sabia o que comeriam no dia seguinte, João jogou os feijões pela janela com raiva e foi dormir também.

No dia seguinte, João acordou e correu para a janela. Seus olhos se arregalaram! Um pé de feijão gigante, que chegava até as nuvens, tinha crescido no quintal!

"Mamãe! Os feijões eram mágicos!" gritou João.

A mãe de João não sabia muito bem o que fazer com aquilo. Se ia vender feijões, não se preocupou e deixou João encontrar com Mariana para irem brincar.

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João e Mariana, sempre com a curiosidade afiada, resolveram escalar o pé de feijão! A subida não acabava… Mariana, sempre elegante, segurava na corda do pé de feijão com cuidado e subia devagar, sem perder a pose. Até que, enfim, quando passaram das nuvens, encontraram um grande castelo! Uma senhora enorme, muito alta mesmo, recebeu João e Mariana. Por mais simpática que fosse, ela pediu que fossem embora pois seu marido era um gigante que se alimentava de crianças!

O chão começou a tremer e João e Mariana se esconderam. No esconderijo havia algumas moedas de ouro no chão. João logo as colocou no bolso. Quando acham que podem sair correndo para longe do gigante, o fazem, e conseguem descer rapidamente pelo pé de feijão.

"Que bom que estamos de volta!" disse Mariana. "O meu esconderijo, o Lago dos Cisnes, é muito melhor do que este lugar!"

João combinou com Mariana que viveriam de forma simples, mas quando as moedas acabassem, subiriam mais uma vez no pé de feijão. Durante um bom tempo, João e sua mãe viveram de forma simples, mas confortável com as moedas que João tinha pegado. A mãe de João dava pedaços de bolo para Mariana levar para casa, retribuindo o cuidado.

"Obrigada, dona Clara! Em casa, ficaremos muito felizes com este presente!" disse Mariana, com um sorriso elegante.

Enfim, as moedas acabaram. João e Mariana resolveram escalar o pé de feijão mais uma vez, mesmo sabendo do perigo do gigante. Dessa vez, entraram no castelo e se esconderam na cozinha. Lá estava o gigante, cuidando de uma pata gorda. Quando menos esperavam, João e Mariana viram que a pata botava ovos de ouro!

Eles esperaram o gigante ir dormir e conseguiram capturar a pata, que não fez barulho nenhum. E logo desceram com ela! Foi difícil, mas conseguiram! Mariana, com sua elegância, segurava a pata com cuidado para que ela não se machucasse.

A mãe de João havia ficado feliz! Eles sempre teriam o que comer! Mas João tinha visto uma harpa de ouro na saída do castelo e pensou que dessa vez, iria sozinho.

No dia seguinte, João não foi brincar com Mariana e subiu o pé de feijão. Ele pretendia ser rápido, sabia onde a harpa estava. Mas dessa vez, o gigante esperava por João na porta. O gigante perseguiu João, mas o menino finalmente conseguiu descer!

Muito aflito, João chamou Mariana em sua casa e contou o que tinha acontecido. Eles tiveram a ideia de cortar o pé de feijão para que o gigante não pudesse descer nunca. A mãe de João já estava feliz com a pata gorda dos ovos de ouro.

João e Mariana, com muito, mas muito esforço, conseguiram cortar o pé de feijão. Mas conseguiram! E assim, o gigante nunca mais desceria.

"A gente só precisa do necessário, nem mais, nem menos!" disse Mariana. "Aquele perigo não valia a pena!"

A mãe de João ficou aliviada com o fim do pé de feijão e chamou João e Mariana para um lanche gostoso da tarde!

E naquela tarde, a mesa estava cheia na casa de João: de pão, bolo, amor e risadas! O necessário!

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