Por que a gente gosta tanto de ir na praia, Filó? – perguntou Enzo, com um sorriso que ia de orelha a orelha.
Filó, uma tartaruga espacial de 54 anos (mas que não aparentava nem um pouco!), deu um pulo e respondeu: – Porque é pura aventura, Enzo! Areia, água, conchas... e quem sabe até encontramos um tesouro espacial enterrado!
Enzo e Filó moravam em Manaus, mas hoje era um dia especial: eles iam para a praia pela primeira vez! Não era uma praia qualquer, era uma praia espacial, na lua de Júpiter!
O ônibus espacial era cheio de crianças animadas. Enzo, um pouco medroso, se agarrava à sua mochila em forma de foguete. Lá dentro, ele guardava seu brinquedo preferido: um boneco do Astronauta desastrado.
Quando chegaram, Enzo ficou maravilhado! A areia era dourada, o mar era azul turquesa e, no céu, Júpiter brilhava como uma bola colorida gigante. Enzo correu para a água, sentindo a areia fofa entre os dedos. Filó, aventureira como sempre, já estava dando pulos na água rasa.
– Olha, Enzo, um castelo! – gritou Filó, apontando para uma construção gigante de areia.
O castelo era diferente de todos que Enzo já tinha visto. Tinha torres que brilhavam, bandeiras que mudavam de cor e um fosso ao redor cheio de peixinhos luminosos.
De repente, uma música linda e suave começou a ecoar pelo ar. Era uma melodia mágica, que parecia vir de dentro do castelo.
– Você ouviu isso, Filó? – sussurrou Enzo, com os olhos arregalados.
– É claro que sim! É lindo! – respondeu Filó, balançando a cabeça no ritmo da música.
A música foi ficando mais alta e, de repente, uma criatura incrível emergiu do mar! Era uma sereia, mas não uma sereia comum. Ela tinha a pele azul brilhante, cabelos como algas marinhas e uma cauda que brilhava com mil cores.
A sereia sorriu para Enzo e Filó e cantou: – Bem-vindos à praia espacial, crianças! Este castelo é meu presente para vocês.
Enzo e Filó se entreolharam, boquiabertos. Passaram a tarde toda brincando com a sereia espacial. Ela contou histórias sobre as maravilhas do oceano de Júpiter, ensinou Enzo a nadar como um peixe-espacial e até deixou Filó dar uma volta em sua cauda brilhante.
Quando o sol começou a se pôr, era hora de voltar para casa.
– Obrigada por tudo! – disse Enzo, dando um abraço na sereia. – Foi o dia mais legal da minha vida!
– Voltem sempre, crianças! – respondeu a sereia com um sorriso. – As praias espaciais estão sempre cheias de aventuras!
No ônibus de volta para casa, Enzo não conseguia parar de sorrir. Ele tinha enfrentado seus medos, conhecido uma sereia espacial e descoberto que a natureza, em qualquer lugar do universo, era incrível!
Chegando em casa, Enzo se jogou em sua cama, exausto, mas feliz. Ele sabia que nunca esqueceria aquela aventura na praia espacial. E, enquanto fechava os olhos, podia jurar que ainda ouvia o canto suave da sereia, ecoando em seus sonhos.