O Carro Assombrado

O Carro Assombrado

Miguel, um furacão de sorrisos com seus 4 anos, amava duas coisas: carros e passarinhos! Ele tinha uma energia que não acabava nunca, corria pela casa imitando o barulho de motor e, quando menos se esperava, parava para observar os passarinhos voando lá fora. Miguel tinha um lugar mágico, sua pista de corrida, onde ele mesmo virava um carro veloz! Era seu esconderijo secreto! Mas hoje era um dia diferente, especial! Vovó Adélia estava em casa para contar suas histórias mágicas!

Adélia, com seus cabelos brancos como algodão doce e um abraço quentinho como um cobertor, adorava contar histórias para o neto. Ela sabia de tudo, de duendes a fadas, e as contava com tanto entusiasmo que Miguel se sentia dentro de cada aventura.

— Vovó, vovó! Conta a história da floresta encantada! — pediu Miguel, com os olhinhos brilhando de expectativa.

— A floresta encantada? — Adélia fez suspense, sorrindo. — Ah, essa floresta é um lugar mágico! Lá as árvores conversam, as flores cantam e os duendes... Ah, os duendes! Eles são cheios de surpresas!

— Conta, vovó, conta! — Miguel se aconchegou ao lado da avó, pronto para a aventura.

Adélia começou a contar a história de uma floresta encantada, onde os duendes guardavam um segredo: a organização da floresta. Eles eram responsáveis por manter cada folha no seu galho, cada flor em seu lugar, tudo muito bem arrumado. Mas esses duendes eram brincalhões e, às vezes, gostavam de pregar peças em quem se perdesse por lá.

De repente, Miguel se viu transportado para dentro da história! Ele estava na floresta encantada! As árvores eram realmente gigantes, os pássaros cantavam melodias mágicas e ele podia ouvir risadinhas escondidas entre as folhas. Seria a risada dos duendes?

Um carro feito de cipós e folhas apareceu na frente de Miguel. Era o carro mais incrível que ele já tinha visto! De repente, o carro começou a se mover sozinho, convidando Miguel para uma aventura. Ele não pensou duas vezes, entrou no carro e... VRUM! Lá se foi ele, floresta adentro!

O carro voava pela trilha mágica, passando por cachoeiras de cristal e flores gigantes. Mas, a cada curva, Miguel percebia que a floresta estava diferente. As flores estavam fora de lugar, as folhas caídas pelo chão, e as árvores pareciam tristes.

— A floresta está desorganizada! — exclamou Miguel, preocupado.

Ele se lembrou do que sua avó havia contado sobre a importância da organização. Tudo precisava ter seu lugar, assim como ele guardava seus carrinhos na caixa depois de brincar.

Miguel, então, teve uma ideia! Usando sua supervelocidade, começou a organizar a floresta. Colocou as flores de volta em seus canteiros, pendurou as folhas caídas nos galhos das árvores e, num piscar de olhos, a floresta estava organizada e feliz!

De repente, ouviu-se uma forte gargalhada! Eram os duendes! Eles apareceram, vestidos de folhas e sorrisos, agradecendo a Miguel por ter colocado ordem na bagunça. Os duendes explicaram que estavam cansados de tanto trabalhar e resolveram tirar um dia de folga, mas prometeram nunca mais deixar a floresta tão bagunçada.

Miguel se despediu dos duendes e, num piscar de olhos, estava de volta à sala de sua casa, ao lado da avó, que sorria.

— Gostou da aventura na floresta encantada, Miguel? — perguntou vovó Adélia, com um brilho nos olhos.

— Foi demais, vovó! Aprendi que a organização é muito importante, até na floresta encantada! — respondeu Miguel, feliz.

E assim terminou a tarde, com Miguel entendendo que a organização, assim como sua supervelocidade, podia transformar qualquer história em uma aventura incrível!

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