O Carro Voador do Quintal

O Carro Voador do Quintal

O sol da manhã esquentou a grama do quintal, fazendo cócegas nos pés descalços de Miguel. Ele sorria, imaginando as aventuras que o dia guardava. A brisa trazia um cheirinho gostoso de bolo de chocolate da cozinha, mas Miguel tinha planos mais emocionantes do que lanchinho! Ele queria brincar com sua prima Laura e descobrir se a lenda do unicórnio mágico era real.

“Laura!”, Miguel gritou, correndo em direção ao portão.

Laura, com seus oito anos e sempre cheia de ideias, já estava no quintal, rodeada de giz de cera colorido. “Miguelzinho, olha só! Estou desenhando um portal mágico para o mundo dos unicórnios!”, ela anunciou, com um brilho sapeca nos olhos.

Miguel, com seus quatro anos e uma energia infinita, vibrou de alegria. “Um portal? Que legal! Mas como vamos atravessar?”

Laura apontou para um conjunto de pneus velhos encostados no muro. “Vamos usar nossa imaginação! Os pneus serão o portal. E para atravessar... precisamos de um pouquinho de magia e muita, muita resiliência!”.

Miguel franziu a testa, confuso. "Resiliência? O que é resiliência?”.

Laura sorriu, paciente. “Resiliência é como um superpoder! É quando a gente cai, se levanta, aprende e tenta de novo. Tipo quando você está aprendendo a andar de bicicleta e cai, lembra? Você não desiste, levanta e tenta de novo até conseguir!”.

Miguel lembrou das quedas e arranhões nos joelhos, mas também da alegria de finalmente pedalar sozinho. “Ah, entendi! Resiliência é ser corajoso e não desistir, mesmo quando é difícil!”.

“Exatamente!”, Laura confirmou, orgulhosa. “E os unicórnios adoram gente resiliente! Vamos lá, segure minha mão!”.

De mãos dadas, eles atravessaram o “portal” de pneus, rindo. O quintal se transformou em um mundo mágico, cheio de flores brilhantes e árvores que cantavam. No centro, um unicórnio branco com crina cor-de-rosa e um chifre brilhante os observava com curiosidade.

Miguel arregalou os olhos, maravilhado. Era ainda mais bonito do que ele imaginava! O unicórnio se aproximou, batendo os cascos no chão com delicadeza. Laura sussurrou: “Ele quer brincar com a gente, Miguel! Mas precisamos ser resilientes. Unicórnios adoram desafios!”.

O unicórnio então começou a correr pelo quintal, desviando de árvores e pulando canteiros. Laura e Miguel o seguiram, imitando seus movimentos. Era como uma dança mágica, cheia de risos e entusiasmo. Miguel tropeçou algumas vezes, mas sempre se levantava com um sorriso, pronto para continuar a brincadeira. Afinal, ele tinha resiliência de sobra!

O sol já se punha quando a brincadeira acabou. O unicórnio, com um relincho suave, desapareceu no meio das árvores, deixando um rastro de brilho no ar. Laura e Miguel voltaram para a varanda, cansados, mas felizes. Miguel percebeu que, mesmo sem o unicórnio, o quintal ainda parecia mágico.

Naquela noite, enquanto jantava, Miguel não conseguia parar de pensar na aventura. A mamãe, servindo o bolo de chocolate, perguntou: “E então, como foi a brincadeira com a Laura?”.

Miguel sorriu. “Foi mágica, mãe! A gente brincou com um unicórnio de verdade!”.

A mãe riu, bagunçando seus cabelos. “Que legal, meu amor! Sabe, vocês têm uma imaginação incrível. E parece que a brincadeira de hoje também te ensinou sobre resiliência, né?”.

Miguel assentiu, feliz. Ele havia descoberto que a magia não estava apenas em unicórnios e portais, mas também na coragem de tentar, cair, levantar e continuar brincando. E isso, ele percebeu, era um superpoder de verdade!

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