Sophia estava no quintal de sua casa, no Rio de Janeiro, brincando de escalar na mangueira como se fosse uma alpinista de verdade, quando seu pai, José, apareceu com um sorriso misterioso e um mapa antigo na mão. “Filhote, prepare seu espírito aventureiro! Descobri um portal mágico para um deserto encantado bem aqui no Rio!”, exclamou José, com os olhos brilhando de entusiasmo.
Sophia, que amava uma aventura tanto quanto um gol de placa, saltou da mangueira e correu até o pai. “Um deserto mágico no Rio? Que demais! Mas como vamos encontrá-lo?”, perguntou, examinando o mapa com atenção.
"O mapa diz que o portal se abre com uma sequência especial de passos de dança em frente à estátua do Cristo Redentor!”, explicou José, já se alongando para a expedição. “Você está pronta, meu bem?”
Sophia, sem hesitar, acompanhou os passos de dança de José, imitando seus movimentos com a energia de um foguete. De repente, um brilho intenso os envolveu e, quando abriram os olhos, estavam em um lugar totalmente diferente.
O ar estava quente, o chão era coberto de areia dourada e o céu, de um azul infinito. Dunas se estendiam até onde a vista alcançava, pintadas em tons vibrantes de rosa, laranja e roxo. Era o Deserto Mágico!
“Uau! É ainda mais incrível do que eu imaginei!”, exclamou Sophia, maravilhada. De repente, um cachorrinho branco de orelhas caídas surgiu correndo em direção a eles, abanando o rabo com alegria. Ele latia e pulava, como se estivesse convidando-os para uma brincadeira.
"Oi, amiguinho! Você também veio nos receber?", perguntou Sophia, acariciando suas orelhas macias. O cachorrinho latiu e correu em direção a uma palmeira que se destacava no meio do deserto, sua única palmeira. Diferente das outras, essa palmeira não tinha cocos, mas sim…bolhas de sabão! Elas brilhavam ao sol, refletindo as cores do arco-íris.
"Que palmeira mais esquisita!", exclamou Sophia, intrigada. Ela nunca tinha visto nada parecido. “Por que será que ela tem bolhas de sabão em vez de cocos?”, perguntou a José, que também observava tudo com curiosidade.
“Essa é uma ótima pergunta, detetive Sophia! Vamos investigar!”, respondeu José, entrando no clima de mistério.
Enquanto exploravam a palmeira, o cachorrinho corria e brincava entre as dunas, latindo alegremente. Sophia notou que ele sempre voltava para perto deles, como se estivesse guiando-os por aquele lugar mágico.
“Olha, pai! Tem pegadas aqui!”, exclamou Sophia, apontando para marcas estranhas na areia, como se fossem…patas de pato? Que mistério!
Seguindo as pegadas, Sophia e José chegaram a um oásis encantador. Palmeiras balançavam com a brisa suave e um lago cristalino refletia o céu azul. Sentados ao redor do lago, viram vários animais do deserto: raposas, lagartos, camelos e até…patos!
"Eu sabia! As pegadas eram de patos! Mas o que será que eles estavam fazendo na palmeira das bolhas?", Sophia se perguntou em voz alta, confusa.
De repente, o cachorrinho começou a latir, chamando a atenção de Sophia para uma família de patos que se aproximava. Eles carregavam algo em seus bicos…eram bolhas de sabão!
"Olha, Sophia! Parece que os patinhos adoram as bolhas mágicas da palmeira! Elas devem ter algum ingrediente especial que os patos amam!", explicou José, observando os patinhos brincando alegremente com as bolhas.
Sophia finalmente entendeu! A palmeira não era esquisita, ela era simplesmente mágica e encantadora, assim como o Deserto Mágico! E, claro, os patinhos eram seus maiores fãs!
Enquanto se despediam do Deserto Mágico, com o cachorrinho os acompanhando até o portal, Sophia sabia que nunca esqueceria dessa aventura. Ela aprendeu que a natureza guarda muitos mistérios, e que, às vezes, as respostas mais surpreendentes estão bem debaixo de nossos narizes…ou melhor, no bico de um pato!