Laura, com seus oito anos e um brilho esperto nos olhos, observava Miguel, seu primo de quatro anos, brincar com seus carrinhos. Miguel, um furacão de energia, fazia "vrum, vrum" enquanto corria com um carrinho vermelho pela sala. De repente, Laura teve uma ideia.
- Miguel, vamos brincar de detetives? - ela perguntou, com um sorriso misterioso.
Miguel, sempre animado para uma aventura, largou o carrinho e respondeu com um sonoro: - Sim!
- Ótimo! - disse Laura. - Temos um mistério para resolver! O unicórnio da minha coleção sumiu!
Miguel arregalou os olhos. Ele amava unicórnios! Eram mágicos e coloridos como seus carrinhos.
- Um unicórnio sumiu? - perguntou Miguel, preocupado. - Mas como?
- Essa é a pergunta que precisamos responder, detetive Miguel! - Laura apontou para um mapa imaginário. - Nossa investigação começa na Ilha Deserta!
A Ilha Deserta era um cantinho especial no quintal da casa da avó deles, cheio de árvores, flores e um balanço que parecia voar até as nuvens. Era lá que Laura guardava sua coleção de unicórnios de pelúcia.
Os dois detetives mirins seguiram para a Ilha Deserta, examinando cada canto em busca de pistas. Miguel, com a energia de mil carros de corrida, corria entre as árvores, enquanto Laura, com sua inteligência afiada, analisava cada folha e pedrinha.
- Olha, Laura! - gritou Miguel, apontando para uma pena colorida no chão. - Uma pista!
Laura pegou a pena com cuidado. Era macia e brilhante, como as asas de um passarinho exótico.
- Essa pena não é daqui - disse Laura, pensativa. - Parece que pertence a um... papagaio!
- Um papagaio? - repetiu Miguel, com os olhos brilhando de curiosidade. - Será que ele viu o unicórnio?
Laura e Miguel passaram o resto da tarde procurando pelo papagaio falante, mas sem sucesso. Decidiram então voltar para a casa da avó, desanimados.
Enquanto caminhavam, Miguel notou algo diferente no balanço. Uma pequena figura brilhante estava escondida entre as cordas. Era o unicórnio de pelúcia de Laura, brilhando sob o sol da tarde!
- O unicórnio! - gritou Miguel, correndo em direção ao balanço.
Laura correu até ele, aliviada por ter encontrado seu precioso unicórnio.
- Mas como ele foi parar aí? - perguntou Laura, confusa.
De repente, um vento suave soprou entre as árvores, trazendo consigo o som de uma risada familiar. Era a avó, saindo de casa com um sorriso no rosto.
- Parece que alguém esqueceu seu amigo no balanço - disse a avó, piscando para Laura.
Laura entendeu tudo! A avó, brincalhona como sempre, tinha pregado uma peça nos pequenos detetives! E, no fim das contas, o mistério do unicórnio desaparecido tinha uma solução simples e divertida.
Enquanto voltavam para casa, Miguel refletiu sobre a aventura. Ele tinha aprendido que, às vezes, as coisas não são tão complicadas quanto parecem e que crescer era também se divertir com as descobertas do dia a dia. E, claro, que brincar de detetive com a Laura era sempre uma aventura emocionante!