O Coelho Corajoso da Praia

O Coelho Corajoso da Praia

Naquela noite, antes de dormir, Enzo ouviu um barulho estranho vindo da janela. Parecia um "puf!" suave, como se algo macio tivesse aterrissado no jardim. Enzo, curioso e um pouco medroso, espiou pelas cortinas, mas não viu nada. "Deve ser só a minha imaginação", pensou, enfiando-se debaixo das cobertas.

Na manhã seguinte, Enzo correu para contar tudo ao seu pai, José, enquanto tomavam café da manhã.

"Pai, pai! Ouvi um barulho muito esquisito ontem à noite!", disse Enzo, os olhos arregalados.

José, aventureiro como sempre, riu e bagunçou os cabelos de Enzo. "Deve ter sido um passarinho, meu pequeno. Sabe que eles adoram a mangueira do nosso quintal, né?"

Mas Enzo não estava convencido. Aquele barulho não parecia ser de passarinho.

"Que tal esquecermos o barulho e curtirmos um dia na praia?", sugeriu José, já se levantando da mesa.

A ideia da praia animou Enzo instantaneamente. Quem precisa de mistérios quando se tem a areia fofa, o mar azul e a chance de construir castelos?

Na praia, o sol brilhava forte e o mar estava calmo. José, com seu gingado natural, logo começou a sambar na areia, fazendo Enzo gargalhar. Enquanto isso, Enzo corria pela praia, sentindo a areia macia entre os dedos. De repente, ele viu algo diferente. Uma pequena cabana de madeira, escondida atrás de algumas pedras, que ele nunca tinha visto antes.

Curioso, Enzo se aproximou da cabana. A porta estava entreaberta, e ele podia jurar ter visto uma sombra se mover lá dentro. O coração de Enzo começou a bater mais rápido.

"Papai, papai! Olha aquela cabana!", chamou Enzo, a voz um pouco trêmula.

José, parando seu samba animado, foi até Enzo e olhou para a cabana. "Que cabana estranha... Nunca tinha visto antes por aqui", comentou, também curioso.

Juntos, pai e filho se aproximaram cautelosamente. A porta rangeu quando José a empurrou, revelando um interior escuro e empoeirado.

E então, eles viram.

Sentado em um banquinho, no meio da cabana, estava um coelho branco. Mas não era um coelho qualquer. Ele usava um pequeno chapéu de explorador e tinha uma expressão decidida em seus olhinhos brilhantes.

"Olá!", disse o coelho, com uma voz surpreendentemente clara. "Vocês também vieram em busca da Coragem?"

Enzo e José se entreolharam, confusos. Coragem? Que coragem?

O coelho, parecendo ler seus pensamentos, explicou: "A Coragem, meus amigos! É algo que todos nós temos dentro de nós, mas às vezes esquecemos como encontrar. Ela nos dá força para enfrentar nossos medos e fazer o que é certo!"

Enzo, lembrando do barulho estranho da noite anterior e da cabana misteriosa, sentiu uma onda de coragem tomar conta dele. Ele não estava mais com medo.

"Eu quero encontrar a Coragem!", declarou Enzo, com um sorriso determinado.

O coelho, com um piscar de olhos, entregou a Enzo um mapa antigo. "Siga este mapa, jovem explorador. Ele te levará até a Coragem!".

Enzo, com o mapa na mão e o coração cheio de uma nova bravura, olhou para o pai. José, orgulhoso do filho, apenas assentiu, mostrando que confiava nele.

E assim, Enzo, guiado pelo mapa do coelho corajoso e acompanhado pelo seu pai, embarcou em uma aventura emocionante pela praia, aprendendo que a verdadeira coragem não é a ausência do medo, mas sim a força para enfrentá-lo.

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