Maria estava no quintal, brincando de construir um castelo de areia para suas bonecas, quando viu algo incrível pulando no jardim do vizinho: um coelho branco de orelhas enormes! Mas não era um coelho qualquer, ele usava um avental minúsculo e carregava um espanador na pata! Maria, curiosa como sempre, correu para a cerca e sussurrou: "Oi, coelhinho!".
O coelho se virou, deu um pulo de susto e deixou cair o espanador. "Oh, você me viu?", ele perguntou, com um sotaque engraçado.
"Vi sim!", respondeu Maria, "Você é um coelho falante! Que legal!".
"Shhh!", o coelho fez um gesto com a pata. "É um segredo! Eu sou o Ferdinando, o Coelho da Faxina Mágica. Ajudo a cuidar das casas enquanto todos estão ocupados".
Maria arregalou os olhos. "Que incrível! Eu queria poder fazer mágica também!".
Ferdinando coçou a orelha com o nariz. "Bem, cuidar da casa também é mágico! É como um feitiço para transformar um lugar bagunçado em um lar feliz."
Maria nunca tinha pensado na faxina como algo mágico. "Mas é chato...", ela murmurou.
"De jeito nenhum!", Ferdinando sorriu. "É como um quebra-cabeça! Cada coisa tem seu lugar, e quando tudo está organizado, a mágica acontece!".
Naquele momento, Yuna, a tartaruga de estimação de Maria, se aproximou lentamente, atraída pela conversa. "Um coelho falante?", ela perguntou, com sua voz rouca. "Que interessante!".
Ferdinando fez uma reverência. "É um prazer conhecê-la, senhorita Tartaruga. Sou Ferdinando, o Coelho da Faxina Mágica!".
Yuna olhou para a pilha de brinquedos coloridos no quintal e depois para a casa. "Faxina mágica, você diz? Talvez você possa nos ajudar com a bagunça aqui também?".
E foi assim que Maria, Yuna e Ferdinando passaram a tarde juntos. Ferdinando, com sua energia contagiante, transformou a faxina em uma brincadeira. Maria aprendeu a dobrar suas roupas como um origami mágico, guardou seus brinquedos em caixas que pareciam baús de tesouro, e até ajudou Yuna a limpar o casco com uma escova de dentes velha.
Enquanto trabalhavam, Ferdinando contava histórias fantásticas sobre as casas que visitava: um castelo com um fosso cheio de bolhas de sabão, uma casa na árvore que voava com o vento e até uma toca de coelho que mudava de cor de acordo com o humor do dono.
No final do dia, a casa de Maria estava brilhando. Mas o mais importante, estava cheia de risadas e alegria. Maria percebeu que Ferdinando estava certo: a faxina podia ser mágica sim! Ela tinha se divertido muito e aprendido que cuidar da casa, mesmo sendo uma tarefa cotidiana, podia ser uma aventura emocionante.
Enquanto se despedia de Ferdinando, que desapareceu em um pulo mágico, Maria abraçou Yuna e sussurrou: "Acho que descobrimos um novo superpoder: o poder da faxina mágica!". E juntas, elas entraram em casa, prontas para compartilhar a magia da organização com o resto da família.