Vovó Adélia estava com os olhos brilhantes! Ela contava para Theo sobre um lugar mágico, cheio de cores vibrantes e seres fantásticos: o Castelo Encantado. Theo, com seus 4 anos, ouvia tudo com atenção, imaginando cada detalhe. Ele amava as histórias da vovó, principalmente as que falavam de seres mágicos!
- Vovó, como a gente chega nesse castelo? - Perguntou Theo, curioso.
- Ah, meu neto, é preciso usar a imaginação! - Respondeu vovó Adélia, com um sorriso misterioso. - Feche os olhos e imagine um castelo enorme, com torres altíssimas e bandeirinhas coloridas... Imagine jardins cheios de flores que mudam de cor e seres mágicos que voam por entre elas!
Theo fechou os olhos com força e se concentrou. Pensou em um castelo enorme, com bandeirinhas vermelhas, amarelas e azuis. Imaginou flores roxas, laranjas e verdes, e seres mágicos redondos e brilhantes, como pequenas estrelas! Quando abriu os olhos, estava em um lugar incrível!
Havia um enorme castelo na sua frente, exatamente como ele imaginou, com torres altíssimas e bandeirinhas coloridas. Mas algo estava errado! As cores estavam sumindo! As bandeirinhas eram brancas, as flores eram cinzas e os seres mágicos, antes tão vibrantes, agora eram opacos e tristes.
- Vovó, o que aconteceu com as cores? - Perguntou Theo, preocupado.
- Ah, não! As cores do Castelo Encantado estão desaparecendo! - Exclamou vovó Adélia. - Precisamos descobrir o que está acontecendo, Theo. Você me ajuda?
Theo, corajoso como sempre, respondeu:
- Claro, vovó! Mas como vamos descobrir quem roubou as cores?
De repente, um ser mágico se aproximou. Era Fofinho, um ser mágico que parecia uma nuvem cor-de-rosa. Ele estava quase transparente, sem cor.
- Por favor, nos ajudem! As cores do Castelo estão sumindo porque esquecemos como usar a empatia! - Disse Fofinho, com a voz fraca.
- Empatia? O que é isso? - Perguntou Theo.
- Empatia é quando a gente tenta entender o que o outro está sentindo, como se fosse a gente no lugar dele! - Explicou vovó Adélia.
Theo olhou para Fofinho, quase sem cor, e tentou imaginar como ele estaria se sentindo. Triste? Assustado?
- Acho que eu entendi! - Exclamou Theo.
Ele fechou os olhos e imaginou que Fofinho era como seu dinossauro de brinquedo favorito, que sempre o deixava feliz. Abriu os olhos e, para sua surpresa, Fofinho estava um pouco mais corado!
Theo e vovó Adélia seguiram pelo castelo, encontrando outros seres mágicos que estavam perdendo suas cores. A cada encontro, Theo usava a empatia para entender o que eles estavam sentindo. Ele imaginava como seria estar no lugar deles e, pouco a pouco, as cores voltavam a brilhar!
No alto da torre mais alta, encontraram um ser mágico diferente de todos os outros. Era Ziz, um ser mágico que parecia um raio de luz, mas estava completamente apagado.
- Ziz, o que aconteceu com suas cores? - Perguntou Theo.
- Eu não consegui sentir a tristeza dos meus amigos. Fiquei tão focado em mim mesmo que esqueci de usar a empatia. E, assim, minhas cores se apagaram! - Respondeu Ziz, com a voz fraca.
Theo, então, teve uma ideia! Ele pediu para que todos os seres mágicos se abraçassem e pensassem em coisas boas que já haviam vivido juntos. Vovó Adélia abraçou Theo com carinho.
De repente, uma explosão de cores tomou conta do castelo! As bandeirinhas voltaram a ter suas cores vibrantes, as flores floresceram em tons jamais vistos e os seres mágicos brilhavam mais do que nunca! Ziz, no centro de tudo, era agora um arco-íris radiante.
Theo, feliz por ter ajudado a trazer as cores de volta ao Castelo Encantado, abriu os olhos e se viu em seu quarto, ao lado de vovó Adélia. O castelo mágico e os seres de luz pareciam ter ficado na imaginação, mas a lição de empatia, essa, ele levaria para sempre em seu coração!