Onde mora a coragem? - Arthur perguntou para Yuna, sua gata malhada que parecia sempre saber de tudo.
Arthur, um menino esperto de três anos, estava pronto para uma nova aventura. Yuna, com seus 54 anos de sabedoria felina, olhou para ele com seus olhos verdes brilhantes.
- Miaau! - ela respondeu, se espreguiçando. - A coragem mora no coração, Arthur. E hoje, vamos encontrá-la no parque!
Arthur abriu um sorriso enorme. Ele amava o parque! Era um lugar mágico, com árvores grandes e frondosas, cheias de sombras gostosas para brincar. Flores coloridas enfeitavam os canteiros, e o cheirinho de grama cortada deixava tudo ainda melhor.
Enquanto caminhavam para o parque, Arthur sentia seu coração bater mais forte. Será que a coragem era parecida com um passarinho, cantando alto nas árvores? Ou talvez fosse como uma borboleta colorida, voando livremente?
De repente, Yuna parou. Seus pelos ficaram em pé e ela soltou um miado de alerta.
- Miau! Olha, Arthur! Um gato!
Era um gato malhado, igualzinho à Yuna, mas com um ar misterioso. Ele andava com a cabeça erguida, o rabo empinado, como se fosse dono do mundo.
- Ele parece corajoso - Arthur sussurrou, um pouco tímido.
O gato se aproximou e se esfregou nas pernas de Arthur, ronronando baixinho.
- Ele gosta de você! - Yuna exclamou. - Vá em frente, Arthur, faça carinho nele.
Arthur, mesmo um pouquinho tímido, estendeu a mão devagarinho e fez um carinho na cabeça do gato. Ele era macio e quentinho como um pãozinho saindo do forno.
O gato se aninhou em Arthur e começou a lamber sua mão. Arthur riu, sentindo uma alegria imensa dentro dele.
- Ele é muito corajoso - Arthur disse, com um sorriso. - Ele não tem medo de nada!
Yuna sorriu com os olhos.
- Viu, Arthur? A coragem pode aparecer de muitas formas. Às vezes, ela é um gato malhado que nos ensina a sermos mais abertos e amigáveis.
Arthur e Yuna passaram a tarde brincando com o gato no parque. Correram atrás de folhas secas, rolaram na grama macia e até dividiram um pedaço de bolo que a mãe de Arthur havia feito.
Quando o sol começou a se pôr, Arthur sabia que era hora de ir para casa. Ele se despediu do gato com um abraço apertado.
- Obrigado por me ensinar sobre a coragem - Arthur sussurrou no ouvido do gato.
Enquanto caminhavam de volta para casa, Arthur sentia o coração quentinho e feliz. Ele havia descoberto que a coragem não era algo que estava longe, em um lugar distante. A coragem estava dentro dele, pronta para ser descoberta em cada nova aventura. E ele sabia que, com Yuna ao seu lado, ele sempre encontraria um jeito de ser corajoso, como o gato do parque.
