Uma noite estrelada brilhava sobre São Paulo. Arthur, com seus três anos de idade, já estava pronto para dormir, abraçado em seu travesseiro espacial. Filó, seu gato robô gigante, ronronava baixinho ao lado da cama.
"Filó," Arthur sussurrou, "você acha que existe gratidão em outros planetas?"
Filó abriu um olho, que brilhava como uma estrela cadente. "Só indo até lá para descobrir!"
E foi assim que, num piscar de olhos, a nave espacial de Filó, camuflada de casinha de gato, decolou rumo à Escola Galáctica! Era o primeiro dia de aula de Arthur no espaço e ele estava um pouco tímido.
A Escola Galáctica era enorme, com paredes cheias de estrelas brilhantes e corredores que pareciam túneis de luz. Arthur se agarrou à pata macia de Filó enquanto andavam pelo corredor principal. De repente, um miado alto ecoou pelo corredor.
Sentado no meio do corredor, estava um gatinho peludo, com olhos grandes e tristes. Ele era cinza e branco, com listras pretas e um rabo que balançava lentamente.
“Ele parece triste”, Arthur sussurrou.
“Parece com fome”, corrigiu Filó. “Vamos oferecer a ele um pouco do nosso lanche espacial?”
Arthur, sempre generoso, tirou de sua mochila um pacote de biscoitos em formato de foguete. O gatinho comeu tudo rapidinho, miando agradecido.
De repente, o gatinho se levantou e esfregou a cabeça na perna de Arthur, como se estivesse agradecendo. Um brilho mágico envolveu o gatinho e, num instante, ele se transformou num lindo menino, com orelhas de gato e um sorriso enorme.
"Obrigado por dividirem seu lanche comigo!”, ele exclamou. “Eu sou o Nico, o Gato Grato da Galáxia! Vocês me ensinaram a importância da gratidão!"
Arthur e Filó ficaram maravilhados! Eles aprenderam que a gratidão era um sentimento universal, que podia transformar até mesmo um gatinho espacial em um novo amigo!
Nico, o Gato Grato, passou a ser o melhor amigo de Arthur na Escola Galáctica. Eles brincavam nos corredores estelares, aprendiam sobre planetas distantes e compartilhavam lanches espaciais deliciosos. A cada dia, Arthur se sentia mais grato por ter amigos tão especiais, vindos de todas as partes da galáxia.
Quando a aula acabou, Filó levou Arthur de volta para casa. Arthur, já sem nenhum traço de timidez, olhava as estrelas lá fora, pensando em seus novos amigos e na aventura que tinha vivido.
De volta ao seu quarto, Arthur se aconchegou em sua cama, com Filó ronronando ao seu lado. Ele sabia que, mesmo que a Escola Galáctica fosse incrível, não havia lugar como o seu lar, com sua família e amigos, e com a certeza de que a gratidão, assim como as estrelas, brilhava em todos os cantos do universo. E, quem sabe, em seus sonhos, ele voltaria a encontrar Nico, o Gato Grato da Galáxia!