O Grande Mistério das Asas Brilhantes

O Grande Mistério das Asas Brilhantes

- Filó, você viu minhas asas? – perguntou Enzo, com um sorriso sapeca.

- Miau? – respondeu Filó, balançando a cabeça com um olhar curioso.

Era dia de fantasia na escola e Enzo estava pronto para se transformar em um lindo beija-flor. Ele tinha certeza que suas asas brilhantes estavam guardadas em sua mochila, junto com seu lanche e seus lápis de cor. Mas, para sua surpresa, a mochila estava mais vazia do que barriga de jacaré faminto!

- Minhas asas sumiram, Filó! – exclamou Enzo, os olhos arregalados como duas jabuticabas. – Como vou voar até a escola agora?

Filó, a gata aventureira e melhor amiga de Enzo, deu um pulo do sofá. Ela adorava um bom mistério! Com o nariz empinado e bigodes arrepiados, Filó começou a farejar a casa, procurando por qualquer pista das asas desaparecidas.

Enzo, encorajado pela determinação de sua amiga felina, decidiu procurar também. Ele espiou embaixo da cama, seu esconderijo secreto, mas nada. Olhou atrás das cortinas, dentro do armário, e até na geladeira, mas as asas pareciam ter sumido como mágica!

- E agora, Filó? Sem asas, não posso ser um beija-flor! – disse Enzo, a voz carregada de tristeza.

Filó, como quem entendesse o sentimento do amigo, esfregou a cabeça em suas pernas, miando baixinho. De repente, seus olhos brilharam. Ela tinha encontrado algo! Uma pequena pena azul cintilante, igualzinha às asas de Enzo, estava caída no chão, perto da janela.

Enzo pegou a pena com cuidado. Era macia e brilhante, como um raio de sol. Observando-a com atenção, ele notou algo diferente. Havia um leve brilho prateado na ponta da pena, como purpurina mágica.

- Filó, olha! Essa purpurina... parece mágica de fada! – exclamou Enzo, os olhos brilhando de esperança.

A menção de fadas fez Enzo lembrar de uma história que sua professora havia contado na escola. Uma história sobre pequenas criaturas mágicas que viviam em jardins encantados e adoravam usar purpurina em suas magias. E se... e se uma fada tivesse pegado suas asas emprestado para um voo noturno mágico?

Com a ajuda de Filó, Enzo seguiu o rastro de purpurina pela casa, que os levou até o jardim. Lá, encontraram um círculo de cogumelos coloridos, brilhando sob a luz do sol da manhã. No centro do círculo, uma pequena figura alada dormia profundamente. Era uma fadinha, com asas delicadas como as de uma borboleta e um vestido feito de pétalas de rosa.

Enzo, com cuidado para não acordá-la, viu que a fadinha usava um par de asas azuis brilhantes. Eram suas asas! A fadinha, em seu sono, devia ter confundido as asas de Enzo com as suas.

Enzo, cheio de compreensão, decidiu não acordar a fadinha. Ele sabia que as fadas precisavam de suas asas para espalhar magia pelo mundo. Sentou-se ao lado de Filó e, juntos, esperaram pacientemente a fadinha acordar.

Quando o sol já estava alto no céu, a fadinha abriu os olhinhos sonolentos. Ao ver Enzo e Filó, levou um pequeno susto, mas logo um sorriso iluminou seu rosto.

- Olá! – disse a fadinha com uma voz doce como mel. – Vocês me ajudaram a voltar para meu jardim! Eu me perdi durante a noite e, com tanto sono, acabei pegando as asas erradas. Muito obrigada!

A fadinha devolveu as asas para Enzo e, como agradecimento por sua gentileza, tocou o nariz de Filó com sua varinha mágica, fazendo com que um lindo par de asas de borboleta surgisse nas costas da gatinha.

Enzo e Filó, felizes e gratos pela aventura, finalmente seguiram para a escola. Enzo, com suas asas de beija-flor, e Filó, com suas novas asas de borboleta, voaram lado a lado, celebrando a magia da amizade e a alegria de crescer.

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