Naquela tarde ensolarada em Fortaleza, Arthur, um garotinho esperto de 3 anos, estava brincando de esconde-esconde com seu pai, José, um mestre na dança.
- Achei você, Arthur! - José disse, rindo enquanto encontrava Arthur atrás da cortina.
- De novo, papai! - Arthur pediu, animado.
De repente, um vento forte e gelado invadiu a casa, fazendo as cortinas voarem e os brinquedos tremerem. Era estranho, pois o dia estava lindo!
- O que foi isso, papai? - Arthur perguntou, um pouco assustado, se agarrando à perna de José.
- Não sei, Arthur. Vamos dar uma olhada! - José respondeu, curioso.
O vento vinha da janela! Ao se aproximarem, viram que o céu, antes azul, agora estava coberto por nuvens cor de rosa e lilás. E no meio delas, havia um buraco brilhante, como um portal mágico!
- Uau! Que lindo! - Arthur exclamou, seus olhos brilhando de curiosidade.
- Parece que somos convidados especiais para um lugar mágico! - José disse, pegando Arthur no colo.
E num piscar de olhos, pai e filho foram sugados para dentro do portal, girando e rodopiando até chegarem em um lugar macio e fofinho... Eles estavam em cima de uma nuvem!
- Papai, olha! Estamos voando! - Arthur gritou, maravilhado com a sensação de flutuar.
- É incrível, Arthur! Mas onde será que estamos? - José perguntou, olhando ao redor.
As nuvens ao redor eram como um parque de diversões gigante, com escorregadores de arco-íris, balanços de algodão doce e até mesmo um carrossel de estrelas cadentes! No centro de tudo, havia um castelo feito de nuvens douradas, brilhando como o sol.
- Que lugar mágico! - Arthur exclamou, apontando para o castelo. - Vamos lá, papai!
Enquanto caminhavam pelas nuvens fofinhas, viram uma placa escrita em letras brilhantes: "Escola das Nuvens". Era ali que as crianças nuvens aprendiam a fazer chover, nevar e até mesmo criar arco-íris!
- Que legal! Será que podemos entrar, papai? - Arthur perguntou, já imaginando as aulas mágicas.
- Claro que sim! - José respondeu, abrindo a porta do castelo.
Dentro da escola, tudo era brilhante e colorido! Havia livros voando, lápis dançando e quadros que se moviam sozinhos. Mas o que mais chamou a atenção de Arthur foi uma sala no final do corredor, onde uma luz verde piscava sem parar.
- O que será que tem ali dentro? - Arthur perguntou, curioso.
- Só tem um jeito de descobrir! - José respondeu, abrindo a porta com cuidado.
Na sala, viram uma bruxinha muito engraçada, com um chapéu pontududo e óculos tortos, debruçada sobre uma pilha de livros. Ela era a professora da escola, a Feiticeira das Lições!
- Olá! - a Feiticeira os cumprimentou com um sorriso. - Bem-vindos à Escola das Nuvens! O que os trazem aqui?
- Estávamos passeando pelas nuvens quando vimos a escola! - José explicou. - Arthur ficou curioso para saber o que tinha aqui dentro.
- Ah, sim! Esta é a sala das lições de casa! - a Feiticeira explicou, apontando para a pilha de livros. - Mas parece que alguém está com dificuldades...
Em cima da pilha, um livro estava tremendo e chorando, suas páginas molhadas de lágrimas. Era a Lição de Casa da Chuva, que não conseguia parar de chorar!
- O que houve, Lição de Casa? - Arthur perguntou, preocupado.
- Buááá! Eu não consigo fazer chover! - a Lição de Casa respondeu, soluçando. - Já tentei de tudo, mas só consigo fazer nevar!
- Não chore, Lição de Casa! - Arthur disse, tentando consolá-la. - Eu te ajudo!
E assim, com a ajuda de Arthur e da Feiticeira das Lições, a Lição de Casa da Chuva finalmente conseguiu fazer chover! Era uma chuva fininha e gostosa, que deixou as nuvens felizes e brilhantes.
- Muito obrigado, Arthur! - a Lição de Casa da Chuva agradeceu, sorrindo. - Você me ajudou muito!
De repente, o vento gelado voltou a soprar, e o portal mágico reapareceu no céu. Era hora de voltar para casa!
- Tchau, Feiticeira! Tchau, Lição de Casa! - Arthur se despediu, acenando para seus novos amigos.
E num piscar de olhos, Arthur e José estavam de volta em casa, como se tudo tivesse sido um sonho mágico.
- Uau, papai! Que aventura incrível! - Arthur exclamou, abraçando seu pai.
- Verdade, Arthur! - José respondeu, abraçando o filho de volta. - Mas o mais importante é que você ajudou a Lição de Casa da Chuva! Viu como é importante ajudar os outros?
Arthur concordou, com um sorriso no rosto. Ele tinha aprendido uma lição valiosa naquele dia: ajudar os outros, mesmo nas nuvens, era a coisa mais mágica que existia!