O Mistério das Flores Bagunçadas

O Mistério das Flores Bagunçadas

"Vovó, por que precisamos organizar tudo?", perguntou Sophia, chutando uma pedrinha enquanto caminhava com sua avó Adélia em direção ao Parque da Ribeira, em Salvador. "Parece que a gente nunca mais vai se divertir!"

Adélia sorriu, seus olhos brilhando como o sol refletido na Baía de Todos os Santos. "Ah, minha querida Sophia! Organizar não é um castigo, é um segredo mágico!"

Sophia, aos seus 7 anos e com a energia de um time de futebol inteiro, não estava muito convencida. Ela preferia mil vezes estar caçando monstros imaginários ou treinando chutes a gol. Mas, enquanto se aproximavam do coreto de flores multicoloridas, algo mágico realmente aconteceu.

As flores, normalmente organizadas por cores, formando um arco-íris perfeito, estavam completamente bagunçadas! Rosas vermelhas se misturavam com margaridas brancas, girassóis dourados se perdiam entre violetas tímidas. Parecia que alguém tinha sacudido o coreto como se fosse um brinquedo!

E então, Sophia viu algo ainda mais estranho: um cachorrinho branco e fofo, com uma das orelhas caídas e um olhar pidão, estava sentado no meio da confusão, mastigando algo que parecia muito com... Uma pétala de girassol?

"Olha, vovó!", Sophia exclamou, apontando para o cachorrinho. "Acho que encontramos o culpado da bagunça!"

Adélia se aproximou com cuidado, examinando as flores e o cachorrinho com um sorriso divertido. "Parece que temos um artista em nosso meio", disse ela, acariciando a cabeça peluda do animal.

O cachorrinho latiu contente e então, como se entendesse a conversa, começou a latir em direção a um canto do Parque. Curiosas, Sophia e Adélia o seguiram, descobrindo atrás de um arbusto uma caixa cheia de tintas coloridas e pincéis!

"Ele estava tentando pintar as flores!", Sophia exclamou, maravilhada. "Que ideia mais maluca e divertida!"

Adélia pegou um dos pincéis e, com um brilho nos olhos, começou a misturar as tintas. "Sabe, Sophia, organizar é importante, mas a criatividade também tem seu lugar."

E assim, naquele dia ensolarado no Parque da Ribeira, Sophia aprendeu uma lição valiosa sobre organização e criatividade. Juntas, ela, sua avó e o cachorrinho arteiro passaram a tarde pintando as flores com as cores mais vibrantes e inusitadas que já se tinham visto, transformando o coreto em uma explosão de alegria e originalidade.

De volta para casa, enquanto organizava seus brinquedos (e até mesmo deixando alguns de fora para estimular a imaginação), Sophia pensava que talvez, só talvez, organizar tudo e ter um pouquinho de bagunça criativa não fossem ideias tão diferentes assim.

Naquela noite, antes de dormir, Sophia jurou que voltaria ao Parque para brincar com seu novo amigo peludo e descobrir que outras surpresas mágicas a vida tinha reservado para ela. E, quem sabe, até pintar o mundo com suas próprias cores!

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