Uma névoa cor-de-rosa cobria a cidade de Manaus, era dia, mas parecia noite! Era como se alguém tivesse soprado purpurina mágica no céu. Alice, com seus quatro anos e um sorriso sapeca, sabia que algo incrível estava para acontecer. Ela abraçou forte seu ursinho de pelúcia, Pogo, que apesar de seus 54 anos (ele era um ursinho muito bem cuidado!), sonhava em ser um unicórnio.
"Pogo, sinto cheiro de aventura!" exclamou Alice, seus olhinhos brilhando.
E a aventura não tardou a chegar! Naquela manhã, um bilhete misterioso apareceu grudado nas costas de Pogo. Ele tinha um desenho de um coelho branco usando um laço rosa e um mapa que levava para a Floresta Encantada, um lugar mágico que Alice só conhecia dos livros.
"Um coelho perdido na Floresta Encantada? Temos que ajudar, Pogo!" disse Alice, já correndo para o jardim.
A Floresta Encantada era ainda mais linda do que nos livros! Árvores gigantes sussurravam segredos para o vento, flores de todas as cores dançavam e fadas esvoaçavam entre as pétalas. No entanto, algo estava errado. Uma tristeza profunda pairava no ar.
"Onde será que está o coelhinho?" perguntou Alice, preocupada.
Pogo, corajoso como sempre, farejou o chão e começou a seguir um rastro de pétalas de rosas cor-de-rosa. Alice o seguia, encantada com a beleza da floresta, mas sem esquecer do mistério.
De repente, eles ouviram um soluço baixinho. Escondido atrás de uma árvore gigante, com o tronco coberto de musgo macio como um cobertor, estava o coelho do bilhete! Ele usava um laço rosa e tinha grandes olhos azuis, mas estava chorando tanto que seu rostinho peludo estava coberto de lágrimas.
"O que houve, coelhinho?" perguntou Alice, com a voz doce.
"Eu... eu perdi meu amigo!" soluçou o coelho. "Estávamos brincando de esconde-esconde e agora não consigo encontrá-lo!"
Alice, que sabia tudo sobre a importância da amizade, prometeu ajudar. Ela abraçou o coelho, confortando-o. Pogo, farejou o chão novamente e encontrou um novo rastro, dessa vez de gotas brilhantes que pareciam diamantes.
"Parece mágica!" exclamou Alice, seguindo as gotas.
Elas levaram Alice e Pogo para uma clareira iluminada pela luz da lua (sim, na Floresta Encantada a lua brilhava mesmo durante o dia!). No centro da clareira, um lindo unicórnio branco com crina e cauda prateadas brincava com um arco-íris. Era mágico!
"Olha, Pogo! Um unicórnio de verdade!" sussurrou Alice, maravilhada.
O unicórnio, ao ver o coelho, correu em sua direção, feliz. Eles se abraçaram, aliviados por se reencontrarem.
"Ele é meu melhor amigo!" explicou o coelho para Alice, com um sorriso que ia de orelha a orelha. "Nós sempre cuidamos um do outro."
Alice entendeu. Amizade era um laço mágico, como o que ela tinha com Pogo. Era saber que, não importava o que acontecesse, eles sempre estariam lá um para o outro.
De volta para casa, com o coração cheio de alegria, Alice agradeceu a Pogo por ser seu melhor amigo. O ursinho de pelúcia, ainda sonhando em ser um unicórnio, deu um abraço apertado em Alice. Eles sabiam que, juntos, poderiam enfrentar qualquer mistério, porque a amizade os tornava mais fortes e corajosos.