O Navio dos Dinossauros Fantasmas

O Navio dos Dinossauros Fantasmas

"Enzo, você tem certeza que não está com medo?", perguntou Laura, seus olhos brilhando com uma mistura de expectativa e receio.

Enzo, que até então exibia um sorriso corajoso, sentiu um frio na barriga. "Claro que não, priminha! Dinossauros não me assustam!" Mas por dentro, sua voz tremia mais que um barquinho de papel em alto mar.

Era noite de aventura no Rio de Janeiro! Ou melhor, noite de aventura na casa da avó, que para Enzo e Laura, era quase como um navio pirata. Bastava um pouco de imaginação e pronto: a sala de jantar se transformava em convés, o tapete felpudo em mar revolto e a avó... bom, a avó era a capitã mais boazinha de todos os sete mares.

A história que a vovó lia contava sobre um navio fantasma, tripulado por dinossauros que brilhavam no escuro. Enzo, que amava animais e corria mais rápido que um guepardo, se sentia dividido entre a vontade de desvendar o mistério e o medo que teimava em apertar seu peito.

"Dizem que o navio só aparece para quem tem um coração bondoso e sabe o que é empatia", disse a avó, fechando o livro. Empatia era uma palavra difícil, mas Enzo entendeu que significava se colocar no lugar do outro. "Será que somos corajosos o suficiente para encontrar o navio?"

Laura, sempre a mais destemida, agarrou a mão de Enzo. "Vamos! Se os dinossauros estiverem tristes, vamos ajudá-los!"

Atravessaram a "planície" da sala de estar, escalaram a "montanha" de almofadas e chegaram ao "porto" - que era o quarto da avó. A janela estava aberta e uma brisa fresca trazia o perfume do mar.

De repente, um rugido abafado ecoou no quarto. Enzo se encolheu atrás de Laura, o coração batendo forte. Na parede, uma sombra tomava forma. Era um dinossauro! Tinha a pele verde e escamosa, e seus olhos brilhavam como vaga-lumes.

Laura, mostrando uma coragem de dar inveja a qualquer pirata, deu um passo à frente. "Oi, dinossauro. Nós viemos em paz. Você está triste?"

O dinossauro soltou um som que parecia um soluço. Era um filhote! E estava com o rabo preso na cortina.

Enzo, lembrando da tal empatia, sentiu o medo se esvair. Ele sabia como era ruim ficar preso! Engatinhou até o filhote e, com cuidado, soltou seu rabo. O dinossauro, livre, lambeu a mão de Enzo em agradecimento.

Outros dinossauros, atraídos pela luz da lua, surgiram na janela. Eram de todas as cores e tamanhos: um tricerátops roxo, um estegossauro amarelo e até um braquiossauro azul!

Os dinossauros, vendo que Enzo e Laura eram amigos, os convidaram para conhecer o navio fantasma. E lá se foram eles, navegando em um mar de sonhos, com seus novos amigos.

Quando a avó os encontrou dormindo, abraçados a um dinossauro de pelúcia, apenas sorriu. Sabia que a noite havia sido de grandes aventuras e aprendizados. Afinal, a maior aventura é aquela que nos ensina a sermos mais corajosos e bondosos.

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