Arthur adorava dormir e sonhar! Na sua caminha quentinha, ele fechava os olhinhos e voava para lugares mágicos. Mas hoje, Arthur acordou com um frio na barriga. Era dia de ir para a escola nova, e ele era um pouquinho tímido.
"Não se preocupe, Arthur", disse Cacau, sua cachorrinha sapeca, lambendo o rosto dele. "Vai ser divertido!"
Arthur deu um sorriso tímido. Ele sabia que a escola era um lugar legal, onde podia aprender coisas novas, brincar com os amigos e até ler muitos livros, seu superpoder secreto! Mas e se ninguém quisesse ser seu amigo?
Chegando na escola, tudo parecia gigante! As salas de aula eram enormes, com mesas coloridas e cheias de lápis de cor. No pátio, crianças corriam e gargalhavam, brincando de pique-esconde.
De repente, Arthur ouviu um som diferente. Era um piado fraquinho, vindo de trás de um arbusto. Curioso, ele se aproximou e viu um passarinho com uma asinha machucada.
"Coitadinho!", pensou Arthur. Ele sabia que não podia deixar o passarinho ali, sozinho e com dor. Com cuidado, Arthur pegou o passarinho e o levou para dentro da escola, procurando por ajuda.
Uma professora muito simpática viu Arthur com o passarinho e o levou até a sala dos professores. Lá, eles limparam a asinha do passarinho e fizeram um curativo.
"Você foi muito responsável, Arthur", disse a professora. "Cuidar de quem precisa de ajuda é muito importante."
Arthur ficou feliz! Ele tinha sido responsável e ajudado o passarinho. E o melhor de tudo: tinha feito um monte de amigos novos! As outras crianças da escola também se aproximaram para ver o passarinho e elogiaram a atitude de Arthur.
Mas a aventura não tinha terminado! Na hora do recreio, o passarinho, que já estava melhor, saiu voando pela janela e sumiu!
"Onde será que ele foi?", perguntou Arthur, preocupado.
"Vamos procurá-lo!", gritaram as outras crianças.
Eles procuraram por todo lado: no pátio, no jardim, até na sala de aula, mas nada do passarinho.
De repente, um vento gelado soprou pela escola, e as luzes começaram a piscar. As crianças se entreolharam, assustadas.
"Acho que esta escola é assombrada!", sussurrou um menino.
Arthur sentiu um frio na espinha, mas lembrou do passarinho. Ele precisava ser corajoso e encontrá-lo!
Nesse momento, o passarinho apareceu voando sobre suas cabeças, piando sem parar. As crianças o seguiram até o final do corredor, onde ele pousou em frente a uma porta antiga e empoeirada.
A porta rangeu quando Arthur a abriu, revelando uma sala escura e misteriosa. As crianças entraram devagar, com o coração batendo forte.
E lá estava ele: o passarinho, em cima de uma pilha de livros empoeirados, piando feliz! As crianças deram um suspiro de alivio.
"Ufa, que bom que você está bem!", disse Arthur, aliviado.
De repente, a porta se fechou com um estrondo, e as luzes se apagaram de novo! As crianças gritaram, assustadas.
Mas Arthur sabia que não podia entrar em pânico. Ele era o mais responsável ali, e precisava ajudar seus amigos.
Tateando as paredes, Arthur encontrou um interruptor e acendeu a luz. As crianças viram que a sala era na verdade uma biblioteca antiga, cheia de livros empoeirados e teias de aranha.
"Que legal!", exclamou Arthur, que adorava ler.
As crianças passaram o resto da tarde explorando a biblioteca secreta e lendo os livros empoeirados. O passarinho, feliz por ter ajudado, voava de um lado para o outro, cantando alegremente.
Quando o sol começou a se pôr, Arthur e seus novos amigos saíram da biblioteca secreta, levando consigo a lembrança de uma aventura inesquecível e a certeza de que, com responsabilidade e coragem, até mesmo os lugares mais assustadores podem se tornar mágicos.