O Passarinho do Castelo Encantado

O Passarinho do Castelo Encantado

Uma brisa fria e úmida soprou pela janela aberta do quarto de Sophia, fazendo a cortina dançar como um fantasma brincalhão. Era noite de lua cheia em Curitiba, e as sombras dos brinquedos pareciam ganhar vida na parede. Sophia estava inquieta. No dia seguinte, ela teria que ir ao médico, e isso a deixava um pouco nervosa. Para se distrair, ela pegou seu livro de histórias encantadas, aquele com a capa roxa e uma fada desenhada com purpurina dourada.

Enquanto folheava as páginas, um canto melodioso invadiu o quarto. Era um passarinho diferente de todos que ela já tinha ouvido, com um canto doce e melancólico. Curiosa, Sophia seguiu o som até a janela. Lá, pousado no parapeito, estava um passarinho minúsculo, com penas azuis brilhantes como safiras e uma crista de ouro na cabeça. Seus olhos eram como duas pequenas jabuticabas pretas e brilhantes.

De repente, o passarinho abriu o bico e falou:

- Sophia, você precisa me ajudar! O Castelo Encantado está em perigo!

Sophia arregalou os olhos, incrédula. Um passarinho falante! Mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, o passarinho bateu as asas e voou para longe. Sem pensar duas vezes, Sophia, com o livro de histórias debaixo do braço, seguiu o passarinho.

Atravessando um portal mágico que surgiu atrás da cerejeira do quintal, Sophia se viu em um lugar mágico. O Castelo Encantado erguia-se no alto de uma colina, imponente e colorido. Pontes suspensas levavam a torres que pareciam tocar o céu. Dragões minúsculos de diversas cores voavam ao redor das ameias, brincando com o vento. Era lindo e assustador ao mesmo tempo.

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Mas algo estava errado. As cores pareciam desbotadas, o riso das fadas era fraco e o canto dos pássaros, sem alegria. No pátio principal, Sophia encontrou a rainha, que mais parecia uma fadinha cansada, sentada em seu trono de flores murchas.

- Majestade, o que aconteceu? – Sophia perguntou, preocupada.

- O Príncipe Arco-íris está doente! – a rainha respondeu com a voz embargada. – Ele precisa ir ao médico, mas o caminho está cheio de trevos da má sorte e duendes travessos!

Sophia, que apesar de estar um pouco nervosa com a sua própria ida ao médico, sabia que era importante ajudar. Ela era esportista e competitiva, não desistia fácil! Além disso, lembrou-se do que sua mãe, Marina, sempre dizia: "Ir ao médico é cuidar da saúde, é um ato de carinho com nosso corpo!".

Decidida, Sophia, guiada pelo passarinho azul, partiu numa aventura pelo reino em busca do médico. Enfrentou desafios, ajudou duendes a encontrar o caminho de volta para casa e até ensinou os trevos da má sorte a darem boas notícias. Sophia, com seu jeito corajoso e gentil, conquistou a todos.

Finalmente, encontrou o médico, um gnomo barbudo e simpático, que concordou em ir ver o príncipe. Juntos, retornaram ao castelo e, com muito cuidado e algumas poções mágicas, o Príncipe Arco-íris ficou bom!

A alegria voltou ao Castelo Encantado. As cores ganharam vida, as flores desabrocharam e o canto do passarinho azul ecoava feliz. Sophia, exausta mas radiante, despediu-se dos novos amigos e atravessou o portal de volta para casa.

De volta ao seu quarto, Sophia percebeu que não estava mais nervosa para ir ao médico. Afinal, ela tinha acabado de ajudar um príncipe a ficar curado! E se o príncipe não teve medo, ela também não teria. Aninhada em sua cama, Sophia adormeceu com um sorriso, embalada pelo canto do passarinho azul, que agora pousava em sua janela, agradecendo a ajuda da nova amiga.

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