Miguel, um furacãozinho de quatro anos sempre com um sorriso brilhante, adorava observar os passarinhos que cantavam alegremente em seu jardim. Ele os achava mágicos, principalmente porque podiam voar! "Quem me dera ser um passarinho e voar até a Lua!", pensava Miguel, enquanto imitava o voo dos seus amiguinhos emplumados.
Naquela noite, algo incrível aconteceu! Miguel estava em seu quarto, pronto para dormir, quando um brilho intenso vindo da janela iluminou todo o cômodo. Era a Lua, que parecia mais próxima do que nunca! Curioso, Miguel abriu a janela e, num piscar de olhos, foi transportado para a superfície lunar!
A Lua era incrível! Miguel flutuava como um astronauta, dando gargalhadas a cada salto. O chão era coberto por uma poeira fina e, ao longe, a Terra brilhava como um lindo balão azul. De repente, Miguel avistou um pequeno ponto colorido se mexendo perto de uma cratera.
"Um passarinho!", exclamou Miguel, seus olhinhos brilhando de alegria. Mas este passarinho parecia triste, suas penas estavam sujas e ele não conseguia voar.
"Olá, passarinho! O que aconteceu?", perguntou Miguel com carinho, aproximando-se devagar para não assustá-lo.
"Eu voei muito alto e me perdi!", disse o passarinho com a voz trêmula. "Bati minha asa em uma pedra e agora não consigo voltar para a Terra!".
Miguel, sempre disposto a ajudar, sabia que precisava ser resiliente para encontrar uma solução. Lembrou-se de como se sentia quando caía de sua bicicleta e precisava levantar, mesmo com um joelho ralado. Ele sempre encontrava forças para tentar de novo, e era isso que o passarinho precisava fazer também!
"Não se preocupe, passarinho! Vamos encontrar um jeito de te levar para casa!", disse Miguel com um sorriso confiante.
Miguel sabia que Cacau, sua cachorrinha sapeca, adorava lamber e limpar tudo o que via pela frente. Talvez ela pudesse ajudar a limpar as asas do passarinho!
"Cacau!", chamou Miguel, e num passe de mágica, sua cachorrinha peluda apareceu ao seu lado na Lua, abanando o rabo, feliz da vida.
Cacau, com sua língua macia e úmida, limpou com cuidado as asas do passarinho. A cada lambida, o passarinho se sentia mais forte e suas penas brilhavam mais. Miguel observava tudo com atenção, torcendo para que o plano desse certo.
"Vamos tentar de novo?", perguntou Miguel ao passarinho, que agora tinha um brilho diferente no olhar.
O passarinho respirou fundo, bateu suas asas com força e... Conseguiu levantar voo! Ele subiu, subiu, até que pode ver a Terra brilhando ao longe.
"Você conseguiu!", gritou Miguel, pulando de alegria. "Você foi resiliente e conseguiu superar essa dificuldade!".
O passarinho, feliz e grato, sobrevoou Miguel e Cacau e, com um último pio de despedida, partiu em direção à Terra.
De volta ao seu quarto, Miguel ainda podia sentir a poeira da Lua em seus pés. Ele havia vivido uma aventura incrível e aprendido uma lição valiosa: a resiliência pode nos ajudar a superar qualquer obstáculo, seja na Terra ou na Lua!