O patinho feio com Bernardo

O patinho feio com Bernardo

Era verão! O sol brilhava forte, o céu era azul e as árvores pareciam dançar no vento. Bernardo amava o verão! Tudo parecia mais alegre, mais colorido, como se o sol sorrisse o tempo todo!

Bernardo não morava mais na cidade grande, em São Paulo. Ele e sua família tinham se mudado para uma fazenda. Sua família queria estar mais perto da natureza, brincar ao ar livre e respirar ar puro. Bernardo adorou a mudança! Lá, ele podia correr, pular, brincar de esconde-esconde e, claro, usar seu superpoder: Viajar pelo espaço!

A fazenda era linda! Tinha um riacho com água cristalina e um lago enorme onde Bernardo adorava mergulhar! E tinha muitos animais! Galinhas cacarejando, vacas mugindo, cavalos relinchando, mas o que mais chamava atenção de Bernardo eram as cegonhas. Ele ficava fascinado com suas pernas compridas e o jeito elegante como elas caminhavam. Bernardo, curioso como era, tentava imitar o andar das cegonhas, mas acabava tropeçando e rindo muito.

Um dia, Bernardo estava brincando com os patinhos na lagoa quando viu algo diferente. Uma pata estava chocando seus ovos! Bernardo ficou quieto, observando tudo com cuidado. De repente, os ovinhos começaram a rachar e, um a um, os filhotes de patinho nasceram! Que momento mágico! Mas um ovo, o maior de todos, não se rompeu. A pata parecia preocupada, mas continuou chocando.

Dias depois, Bernardo voltou à lagoa e a pata não estava mais lá! O ovo grande tinha rachado e, junto com os filhotes de patinho, havia outro filhote, maior, com penas de cores diferentes, um bico diferente, um jeito diferente! Ele parecia bem triste.

Bernardo, que adorava fazer amigos, foi falar com o patinho diferente. "Por que você está tão triste? Olha quanta coisa linda pra conhecer aqui na fazenda! Tem um jardim cheio de flores, um riacho com água fresca, e um lago enorme pra você nadar!", disse Bernardo.

O patinho respondeu com a voz baixinha: "Eu estou triste porque sou diferente dos meus irmãos. Todos os outros patos da lagoa riem de mim, e eu não me sinto bem com isso."

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Bernardo então sorriu e falou: "Eu adoraria ser seu amigo! Você é muito especial, com suas penas coloridas e seu bico diferente. Amanhã, venha brincar comigo! Eu tenho um esconderijo secreto, uma Nave Espacial, que é só nossa! Lá, ninguém vai te zoar."

Bernardo voltou no dia seguinte, mas o patinho não estava lá. O patinho ficou tão triste por ser diferente que resolveu sair da lagoa e tentar encontrar outros amigos. Mas não deu certo. Por todo lugar que ele passava, os outros patos zombavam dele.

Foi uma jornada difícil para o patinho. As estações do ano foram passando, e ele sempre precisava mudar de lugar, porque nunca se sentia acolhido. A única coisa que o fazia feliz era a natureza.

Bernardo foi brincar todos os dias na lagoa, mas nada do seu patinho amigo. Ele passava horas olhando as estrelas, pensando no espaço, no universo. Afinal, o espaço era seu lugar preferido!

A primavera chegou e o patinho, que amava as flores e o cheiro da grama úmida, ficou ainda mais triste. Depois de uma longa e difícil jornada, ele se viu próximo à lagoa onde nasceu. Se aproximou com cuidado, com medo de ser rejeitado pelos seus irmãos. Mas quando chegou perto da água, viu seu reflexo, como em um espelho! E ele não era mais um patinho feio, mas sim um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!

No mesmo dia, Bernardo foi brincar na lagoa. Ele viu o cisne e, curioso como era, não acreditou nos seus olhos! Era o seu amigo patinho! Que encontro especial! Eles brincaram e riram muito. Bernardo finalmente entendeu que ser diferente não era ruim. Ser diferente era apenas ser quem você é! Ser esquisito era ser único e todo mundo é único!

E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?

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