O patinho feio com Catarina

O patinho feio com Catarina

Era verão! O sol brilhava forte, as flores desabrochavam em todas as cores e o ar estava cheio do cheiro delicioso de frutas maduras. Catarina adorava o verão! Tudo parecia alegre, colorido, como se o sol sorrisse o tempo todo!

Catarina era uma menina de cinco anos com cabelos pretos e lisos e olhos azuis. Ela era muito curiosa e adorava brincar com borboletas. A família de Catarina tinha se mudado de sua casa em João Pessoa para uma fazenda perto da cidade. A mudança tinha sido muito boa para Catarina, afinal, lá podia brincar livremente, inclusive com seu superpoder: Transformar-se em borboleta!

Na fazenda havia um riacho bonito, tranquilo e um lago onde Catarina podia mergulhar! Era um lugar mágico! Tinha vários animais por lá, mas Catarina sempre se surpreendia com as cegonhas e suas longas pernas. Era um caminhar bonito! Catarina, com sua curiosidade, tentava imitar o caminhar das cegonhas, esticando as pernas e balançando os braços.

Um dia, enquanto brincava com os patinhos na lagoa, Catarina percebeu que uma pata estava chocando ovos! Era um momento mágico! Catarina viu os ovinhos se quebrando e filhotes de patinhos nascendo! Mas um ovo, o maior de todos, não se rompeu. E a pata parecia preocupada, mas seguiu chocando.

Dias depois, Catarina voltou à lagoa e a pata não estava mais lá! O ovo grande tinha rachado e junto aos filhotes de patinho, havia outro filhote, maior, com penas de cores diferentes, um bico diferente, um jeito diferente. Parecia triste.

Catarina, que fazia amizade fácil com os animais, foi falar com o patinho diferente, perguntar porque ele estava tristonho se havia toda uma fazenda e um jardim lindo para ele conhecer!

"Por que você está tão triste?", perguntou Catarina, com sua voz doce.

O patinho respondeu com um suspiro: "Eu sou diferente dos meus irmãos. Todos riem de mim. Não me sinto bem aqui."

Catarina falou: "Eu adoro a companhia de você! Você é muito especial! Que tal você brincar comigo amanhã? Eu tenho um esconderijo secreto no jardim, um lugar mágico, que eu te mostro. Podemos brincar lá!"

Catarina voltou no dia seguinte, como combinado, mas o patinho não estava mais lá. Ele ficou tão triste que resolveu sair de lá e tentar encontrar outros amigos. Mas isso também não funcionou. Por todo lugar que passava, os outros patos zombavam dele.

Foi uma jornada difícil para o patinho. As estações do ano foram passando e ele sempre se via tendo que mudar de lugar, porque nunca parecia ser acolhido. Se sentia acolhido pela natureza, apenas.

Catarina foi brincar todos os dias na lagoa, mas nada do seu patinho amigo. Ela brincava com borboletas, que adorava, voando de flor em flor.

A primavera então chegou, e o patinho amava a primavera, assim como Catarina amava o verão!

Depois de uma longa e difícil jornada, o patinho se viu próximo à lagoa onde nasceu. Se aproximou com cuidado, afinal, não queria que seus irmãos rissem dele. Mas quando chegou na beira da água, viu seu reflexo, como em um espelho! E ele não era mais um patinho feio, mas sim, um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!

Nesse dia, Catarina foi brincar na água e reconheceu seu amigo! Que encontro especial! Catarina se surpreendeu com o amigo cisne, considerando sua personalidade curiosa. ! Eles finalmente brincaram com muita alegria!

Catarina e o cisne entenderam que ser esquisito não era errado, mas sim, apenas ser quem se é! Ser esquisito é ser diferente e isso todo mundo é!

E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?

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