O patinho feio com Júlia

O patinho feio com Júlia

Era verão! O sol brilhava forte, o céu era azul e as flores do jardim da fazenda estavam em plena floração. Júlia adorava o verão! Tudo parecia alegre, colorido, como se o sol sorrisse o tempo todo! Júlia era uma menina de seis anos com cabelos castanhos encaracolados e olhos marrons. Ela era uma menina sonhadora, que amava observar as estrelas e sonhava em voar como elas!

Júlia havia se mudado da cidade para a fazenda há pouco tempo. Sua família queria estar mais perto da natureza, e Júlia adorou a mudança! Ela podia brincar livremente, correr pelos campos, sentir o cheiro da grama fresca e, claro, usar seu superpoder: Brilhar como uma estrela!

Na fazenda, havia um riacho bonito e tranquilo e um lago onde Júlia podia mergulhar e nadar! Ela adorava brincar com os patinhos e as galinhas que viviam na fazenda. Eram tantos os animais que ela nunca se cansava de observá-los! Ela amava as cegonhas, com suas longas pernas que pareciam bailar sobre a grama. Júlia tentava imitar o caminhar elegante das cegonhas, imaginando que também podia voar como elas.

Um dia, enquanto brincava com os patinhos na lagoa, Júlia viu uma pata que estava chocando ovos. Foi um momento mágico! Júlia observou os ovinhos se quebrando e os filhotes de patinhos nascendo. Que alegria! Mas um ovo, o maior de todos, não se rompeu. A pata parecia preocupada, mas continuou a chocá-lo com cuidado.

Dias depois, Júlia voltou à lagoa e a pata não estava mais lá! O ovo grande tinha rachado e, junto aos filhotes de patinhos, havia outro filhote, maior, com penas de cores diferentes, um bico diferente, um jeito diferente. Ele parecia triste e assustado.

Júlia, que adorava fazer amizade com os animais, foi falar com o patinho diferente. "Por que você está tão triste?" perguntou ela. "Você tem uma fazenda inteira e um jardim lindo para conhecer!"

"Eu estou triste porque sou diferente dos meus irmãos", respondeu o patinho. "Eles riem de mim e me chamam de esquisito. Não me sinto bem aqui."

Júlia sorriu para o patinho. "Eu adoro a sua companhia! Você é muito especial. Quer brincar comigo amanhã? Eu tenho um esconderijo secreto, chamado Espaço Sideral, que é um lugar mágico! Podemos brincar lá!"

No dia seguinte, Júlia voltou à lagoa, mas o patinho não estava lá. Ela ficou muito triste! "Ele deve ter ficado com medo de que eu não voltasse", pensou ela. Mas então, ouviu um barulho fraco e viu o patinho se afastando da lagoa.

O patinho ficou tão triste que resolveu sair de lá e tentar encontrar outros amigos. Mas por onde ele passava, os outros patos zombavam dele. Ele se sentia sozinho e rejeitado.

Foi uma jornada difícil para o patinho. As estações do ano foram passando e ele sempre se via tendo que mudar de lugar, porque nunca parecia ser acolhido. Ele se sentia acolhido pela natureza, apenas.

Júlia foi brincar todos os dias na lagoa, mas nada do seu amigo patinho. Ela se lembrava dele e brincava com as estrelas, imaginando que ele estava em algum lugar brilhando como elas.

A primavera chegou, e o patinho amava a primavera, assim como Júlia amava o verão! Depois de uma longa e difícil jornada, o patinho se viu próximo à lagoa onde nasceu. Ele se aproximou com cuidado, afinal, não queria que seus irmãos rissem dele. Mas quando chegou na beira da água, viu seu reflexo, como em um espelho! Ele não era mais um patinho feio, mas sim, um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!

Nesse dia, Júlia foi brincar na água e reconheceu seu amigo! Que encontro especial! Júlia se surpreendeu ao ver o patinho que ela conhecia agora como um cisne branco e elegante. Sua mente sonhadora e criativa nunca a deixou pensar que o patinho fosse um cisne que se escondia! Finalmente, eles brincaram juntos, com muita alegria.

Júlia e o cisne entenderam que ser esquisito não era errado, mas sim, apenas ser quem se é! Ser esquisito é ser diferente e isso todo mundo é!

E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?

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