O patinho feio com Laura

O patinho feio com Laura

Era verão! O sol brilhava forte, o céu era azul, as flores desabrochavam em cores vibrantes, e até o ar parecia mais alegre! Era a época que Laura mais amava. Tudo parecia sorrir, como se o próprio sol estivesse radiante, espalhando felicidade por todos os lados.

Laura, uma menina de cinco anos com cabelos loiros e lisos e olhos verdes, tinha acabado de se mudar de Manaus para uma fazenda. A família dela queria ficar mais perto da natureza, e Laura adorou a mudança! A fazenda era enorme, com um riacho que corria por entre as árvores e um lago azul onde ela podia mergulhar!

Laura era uma menina sonhadora, e na fazenda, podia usar seu superpoder secreto: falar com os animais! Ela conversava com os passarinhos, brincava com os cachorrinhos e até fazia amizade com as vacas! Mas os animais que mais a encantavam eram as cegonhas, com suas longas pernas que pareciam bailar na grama. Laura adorava imitá-las, esticando as pernas e tentando andar como elas, com passos largos e graciosos.

Um dia, enquanto brincava com os patinhos na lagoa, Laura viu uma pata chocando seus ovos. Era mágico! Laura observava encantada enquanto os ovinhos se quebravam e os filhotes de patinhos nasciam um a um, amarelinhos e fofinhos! Mas um ovo, o maior de todos, não se abria. A pata parecia preocupada, mas continuou a chocar com cuidado.

Dias depois, Laura voltou à lagoa. A pata não estava mais lá, mas o ovo gigante tinha rachado! Junto aos filhotes de patinhos, havia outro filhote, maior, com penas de cores diferentes, um bico diferente, um jeito diferente. Ele parecia triste.

Laura, que adorava fazer amizade com os animais, foi falar com o patinho diferente. "Por que você está tão triste?", perguntou Laura. "Você tem uma fazenda inteira para brincar, um jardim lindo, um lago para nadar!"

"É que eu sou diferente dos meus irmãos", respondeu o patinho, com a voz embargada. "Os outros patos da lagoa riem de mim, me chamam de 'esquisito', e eu não gosto de me sentir assim."

"Eu gosto de você!", disse Laura, com um sorriso. "Você é especial! E amanhã eu vou voltar para brincarmos. Você pode vir comigo no meu Jardim Encantado, um lugar secreto onde podemos brincar sem ninguém nos incomodar!"

No dia seguinte, Laura voltou à lagoa, ansiosa para brincar com seu novo amigo. Mas o patinho não estava lá! Ele ficou tão triste com as risadas dos outros patos que resolveu sair da fazenda, tentar encontrar outros amigos.

A jornada do patinho foi difícil. As estações do ano mudavam, ele tinha que se mudar de lugar, mas nunca encontrava um lugar onde se sentisse acolhido. Os outros patos sempre o rejeitavam. Só a natureza o acolhia, com o vento que acariciava suas penas, a chuva que o refrescava e o sol que o aquecia.

Laura ia todos os dias à lagoa, mas não encontrava seu amigo patinho. Ela brincava com as flores, que tanto amava, mas seu coração estava triste. A primavera chegou, e o patinho, que amava a primavera tanto quanto Laura amava o verão, sentia que estava perto de casa. Ele se aproximou da lagoa com cuidado, não queria que seus irmãos rissem dele. Mas quando chegou perto da água, viu seu reflexo, como em um espelho! E ele não era mais um patinho feio, mas sim um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!

Nesse dia, Laura foi brincar na água e reconheceu seu amigo! Que encontro especial! Ela ficou surpresa ao ver o cisne, tão belo e elegante, mas sentiu uma alegria enorme. Finalmente, eles podiam brincar juntos, sem medo ou tristeza.

Laura e o cisne entenderam que ser esquisito não era errado, mas sim ser quem se é! Ser esquisito é ser diferente, e todo mundo é diferente! E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?

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