O patinho feio com Matheus

O patinho feio com Matheus

Era verão! O sol brilhava forte, as flores desabrochavam em cores vibrantes e o ar estava quente e perfumado. Matheus, um garotinho de seis anos com cabelos crespos e olhos pretos, adorava o verão! Tudo parecia alegre, colorido, como se o sol sorrisse o tempo todo!

Matheus havia se mudado de Teresina para uma fazenda próxima. Sua família queria estar mais perto da natureza, e ele, com sua personalidade tímida, adorou a mudança! Lá, podia brincar livremente, sem ter que se preocupar com o trânsito ou com os olhares curiosos das pessoas. E, claro, podia usar seu superpoder: Controlar máquinas!

Na fazenda, havia um riacho que corria mansamente e um lago onde Matheus podia mergulhar e nadar à vontade. Era um paraíso! Ele também amava observar os animais que viviam por lá, especialmente as cegonhas. Elas andavam com suas longas pernas, como se estivessem dançando! Matheus, com sua timidez, tentava imitar o andar das cegonhas, mas acabava dando risada da própria tentativa.

Um dia, enquanto brincava com os patinhos na lagoa, Matheus viu uma pata chocando ovos! Que momento mágico! Ele observou os ovinhos se quebrando um a um e os filhotes de patinhos nascendo. Era uma cena linda! Mas um ovo, o maior de todos, não se rompeu. A pata parecia preocupada, mas continuou chocando.

Dias depois, Matheus voltou à lagoa. A pata não estava mais lá! O ovo grande tinha rachado e junto aos filhotes de patinho, havia outro filhote, maior, com penas de cores diferentes, um bico diferente, um jeito diferente. O patinho parecia triste.

Matheus, que fazia amizade fácil com os animais, foi falar com o patinho diferente. "Por que você está tão tristonho? Tem uma fazenda e um jardim lindo para você conhecer!", perguntou.

"Eu estou triste porque sou diferente dos meus irmãos", respondeu o patinho, com a voz baixa. "Os outros patos da lagoa riem de mim e eu não me sinto bem".

"Eu adoro a companhia de patinhos esquisitos!", disse Matheus. "E amanhã vou voltar aqui para brincarmos. Venha comigo até a Torre Secreta, meu esconderijo. Lá, podemos brincar sem ninguém nos importunar!"

No dia seguinte, Matheus voltou à lagoa, como havia prometido. Mas o patinho não estava lá. Ele ficou tão triste que resolveu sair da lagoa e tentar encontrar outros amigos. Mas por todo lugar que passava, os outros patos zombavam dele.

Foi uma jornada difícil para o patinho. As estações do ano foram passando e ele sempre se via tendo que mudar de lugar, porque nunca parecia ser acolhido. Só a natureza o acolhia de verdade.

Matheus foi brincar todos os dias na lagoa, mas nada do seu patinho amigo. Ele brincava com seus robôs, imaginando que eles eram seus companheiros.

A primavera chegou! O patinho amava a primavera, assim como Matheus amava o verão! Depois de uma longa e difícil jornada, o patinho se viu próximo à lagoa onde nasceu. Ele se aproximou com cuidado, afinal, não queria que seus irmãos rissem dele. Mas quando chegou na beira da água, viu seu reflexo, como em um espelho! E ele não era mais um patinho feio, mas sim, um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!

Nesse dia, Matheus foi brincar na água e reconheceu seu amigo! Que encontro especial! Ele se surpreendeu com o amigo cisne, sua timidez deu lugar à alegria. Finalmente, eles brincaram juntos, sem se preocupar com nada.

Matheus e o cisne entenderam que ser esquisito não era errado, mas sim, apenas ser quem se é! Ser esquisito é ser diferente e isso todo mundo é! E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?

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