O patinho feio com Valentina

O patinho feio com Valentina

Era verão! O sol brilhava forte, as flores coloridas abriam suas pétalas e o ar cheirava a grama cortada. Valentina, com seus cabelos loiros e ondulados e olhos azuis, adorava o verão! Tudo parecia alegre, como se o sol sorrisse o tempo todo!

Valentina e sua família tinham se mudado de Campo Grande para uma fazenda perto da cidade. A família de Valentina queria estar mais perto da natureza, respirar ar puro e aproveitar a vida no campo. Valentina adorou a mudança! Na fazenda, ela podia brincar livremente, correr pelos campos verdes, subir em árvores e, claro, usar seu superpoder: Controlar o gelo e a neve!

Na fazenda, havia um riacho que corria por entre as árvores, formando um lago tranquilo onde Valentina podia mergulhar e brincar de nadar. Era um lugar mágico! Havia muitos animais por lá: vacas, galinhas, patos, coelhos... Mas Valentina sempre se surpreendia com as cegonhas e suas longas pernas. Era um caminhar tão elegante! Valentina, com sua mente criativa, tentava imitar o andar das cegonhas, esticando as pernas e balançando os braços, imaginando que era uma delas.

Valentina brincava com os patinhos na lagoa quando percebeu que uma pata estava chocando ovos. Que momento mágico! Valentina viu os ovinhos se quebrando e os filhotes de patinhos nascendo. Era tão lindo! Mas um ovo, o maior de todos, não se rompeu. A pata parecia preocupada, mas continuou a chocar o ovo.

Dias depois, Valentina voltou à lagoa. A pata não estava mais lá. O ovo grande tinha rachado e, junto aos filhotes de patinho, havia outro filhote, maior, com penas de cores diferentes, um bico diferente, um jeito diferente. Parecia triste.

Valentina, que fazia amizade fácil com os animais, foi falar com o patinho diferente. "Por que você está tão triste? Tem toda uma fazenda e um jardim lindo para você conhecer!", perguntou Valentina.

O patinho respondeu, com a voz baixa: "Estou triste porque sou diferente dos meus irmãos. Todos os outros patos da lagoa riem de mim e me chamam de esquisito. Não me sinto bem por isso."

"Ah, não se preocupe!", disse Valentina. "Eu adoro a sua companhia. Você é especial! Amanhã, volte aqui e vamos brincar. Eu tenho um esconderijo secreto que você vai amar: o Castelo de Gelo! É um lugar seguro e divertido."

No dia seguinte, Valentina voltou à lagoa, como combinado, mas o patinho não estava lá. Ele ficou tão triste com as brincadeiras dos outros patos que resolveu sair de lá e tentar encontrar outros amigos. Mas isso não funcionou. Por todo lugar que ele ia, os outros patos zombavam dele.

Foi uma jornada difícil para o patinho. As estações do ano foram passando e ele sempre se via tendo que mudar de lugar, porque nunca parecia ser acolhido. A natureza era seu único consolo.

Valentina foi brincar todos os dias na lagoa, mas nada do seu amigo patinho. Ela brincava de princesa, imaginando que era uma rainha poderosa e que seu castelo era feito de gelo.

A primavera chegou, e o patinho amava a primavera, assim como Valentina amava o verão! Depois de uma longa e difícil jornada, ele se viu próximo à lagoa onde nasceu. Ele se aproximou com cuidado, afinal, não queria que seus irmãos rissem dele. Mas quando chegou na beira da água, viu seu reflexo, como em um espelho! E ele não era mais um patinho feio, mas sim, um belo cisne! Era por isso que todos o achavam tão esquisito!

Nesse dia, Valentina foi brincar na água e reconheceu seu amigo. "Você é um cisne?", exclamou Valentina, com os olhos brilhando de surpresa. Que encontro especial! Valentina, com sua mente criativa, adorou a transformação do seu amigo. Finalmente, eles brincaram juntos, com muita alegria.

Valentina e o cisne entenderam que ser esquisito não era errado, mas sim, apenas ser quem se é! Ser esquisito é ser diferente e isso todo mundo é!

E não é que ser diferente é só ser quem a gente é?

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