E se a gente pudesse conversar com os duendes, mãe? - perguntou Sophia, chutando a bola no quintal.
Marina, que cuidava do jardim, sorriu.
- Ah, minha querida, duendes são seres mágicos! Mas e se, em vez de falar com eles, a gente pudesse ouvir seus segredos?
Sophia arregalou os olhos. Ouvir os segredos dos duendes? Que aventura incrível!
De repente, um brilho intenso iluminou o quintal. Um objeto ovalado, prateado e cheio de luzes piscantes, pousou delicadamente na grama.
- O que é isso?! - exclamou Sophia, com o coração batendo forte.
- Não sei, mas parece que precisamos de um pouco de coragem para descobrir! - disse Marina, estendendo a mão para a filha.
Coragem era a sensação que fazia Sophia querer vencer qualquer desafio, era como um abraço quentinho no peito. De mãos dadas com a mãe, ela se aproximou do objeto misterioso. A porta se abriu e uma voz suave convidou:
- Olá! Bem-vindos à Nave da Curiosidade!
Dentro da nave, tudo era brilhante e cheio de botões coloridos. Um robô simpático, com uma tela no lugar do rosto, sorriu para elas.
- Me chamo Bipo. Vocês podem me ajudar numa missão super importante! - pediu o robô.
- Uma missão? - Sophia e Marina falaram juntas, animadas.
Bipo explicou que precisavam encontrar uma flor especial, a Flor da Coragem, que só crescia em lugares onde a magia e a bondade se encontravam. Essa flor era a chave para salvar o planeta dos robôs de uma terrível tristeza.
Sophia, Marina e Bipo embarcaram na nave e, num piscar de olhos, estavam sobrevoando o quintal. Lá de cima, tudo parecia diferente, menor e mais colorido.
- Olha, mãe! Aqueles cogumelos brilhantes! - Sophia apontou para um canto do jardim.
- Nunca tinha reparado neles - disse Marina, admirada.
A nave pousou perto dos cogumelos. Sophia, com cuidado, tocou em um deles. De repente, ouviu uma vozinha fina:
- Olá! Quem está aí?
Era um duende! Ele era pequenino, com um gorro pontudo e uma barba ruiva. Seus olhinhos brilhavam de curiosidade. Sophia, lembrando da conversa com sua mãe, respirou fundo e falou com ele com a maior coragem:
- Olá, senhor Duende! Estamos procurando a Flor da Coragem. Você sabe onde podemos encontrá-la?
O duende sorriu, mostrando dentinhos pontudos:
- Sigam o caminho das joaninhas! Elas as levarão até ela!
Sophia e Marina seguiram o conselho do duende, encontrando a Flor da Coragem num lindo jardim secreto. A flor brilhava com uma luz dourada e, ao tocá-la, Sophia sentiu uma onda de felicidade tomar conta de si.
De volta à nave, Bipo vibrava de alegria. A Flor da Coragem encheu a nave de cores e, num instante, estavam de volta ao quintal. A nave partiu, deixando um rastro brilhante no céu.
Sophia e Marina nunca esqueceram dessa aventura. Descobriram que a coragem pode estar em qualquer lugar, até mesmo no quintal de casa, e que a amizade pode florescer nos lugares mais inesperados! De volta ao jardim, viram um grupo de joaninhas voando, e Sophia sorriu, sabendo que a magia estava por toda parte, esperando para ser descoberta.