"No coração do deserto, onde as dunas sussurram segredos, uma concha brilhante revelará a magia do crescimento." A Vovó Aurora sempre contava essa lenda, mas será que era só uma história? Helena, com seus quatro anos de pura curiosidade, estava prestes a descobrir.
Naquele dia, o céu de Salvador estava azul como o mar, mas Helena sentia um chamado diferente. “Filó, vamos explorar!”, chamou a garotinha, sua voz vibrante como o canto de um passarinho. Filó, seu fiel cãozinho, latiu animado, pronto para a aventura. De repente, tudo ao redor começou a girar, as cores se misturaram e... puf! Eles estavam em um lugar totalmente novo.
Dunas douradas se estendiam até onde a vista alcançava, o sol brilhava forte e o ar cheirava a areia quente. “Uau, Filó, é o Deserto mágico!”, exclamou Helena, seus olhos brilhando de entusiasmo. Era como se tivessem entrado em um livro de histórias da vovó!
Enquanto Helena e Filó caminhavam, a garotinha notou algo brilhante no topo de uma duna. Era uma concha, mas não era uma concha comum. Ela brilhava com um tom azul-esverdeado, como o mar em um dia de sol. “Filó, olha!”, Helena pegou a concha e, de repente, uma voz suave ecoou em sua mente.
“Olá, pequena Helena”, a voz sussurrava. Era a concha! Ela estava falando com Helena! “Quem é você?”, perguntou Helena, um pouco assustada, mas muito curiosa. “Eu sou a guardiã de um segredo. Para desvendá-lo, você precisa entender a magia do crescimento”, respondeu a concha.
Uma nova onda de calor tomou conta do deserto e, como num passe de mágica, uma miragem surgiu diante deles: um oásis com um lago cristalino. E no meio do lago... uma sereia! Seus cabelos eram longos e esverdeados como algas marinhas, e sua cauda brilhava como a concha na mão de Helena.
A sereia, com um sorriso doce, se aproximou de Helena. “Olá, pequena. A concha me contou sobre você. Para crescer, é preciso coragem para explorar, bondade para fazer amigos e sabedoria para ouvir os mais velhos. Assim como o deserto muda com o vento, nós também mudamos com o tempo. Cada fase da vida é uma nova aventura!”, disse a sereia, sua voz suave como a brisa do mar.
Helena entendeu. Crescer não era só ficar mais alta, era também descobrir coisas novas, fazer amigos especiais, como a sereia, e guardar as histórias da vovó Aurora no coração. “Obrigada, concha mágica, obrigada, sereia!”, exclamou Helena.
E num piscar de olhos, Helena e Filó estavam de volta ao seu quintal em Salvador. O sol da tarde tingia tudo de laranja e roxo. A aventura no Deserto mágico tinha acabado, mas Helena sabia que a magia do crescimento estava só começando. Ela abraçou Filó com carinho, guardou a concha brilhante em sua caixa de tesouros e correu para contar tudo para a vovó Aurora, mal podia esperar para ouvir mais histórias sobre a magia da vida!
