Quem disse que fadas só existem em livros de histórias? Enzo, com seus cinco anos de pura energia, estava prestes a descobrir que a magia pode estar em qualquer lugar, até mesmo no parquinho da esquina!
Tudo começou em um dia ensolarado. Enzo estava brincando de carrinho na sala quando sua avó, Dona Adélia, sentou ao seu lado, com aquele jeitinho carinhoso de quem guarda um segredo mágico.
— Enzo, você sabe o que é empatia? — perguntou ela, com um brilho nos olhos.
Enzo parou o carrinho por um instante, pensativo. Empatia? Parecia a palavra mágica de um feitiço!
— Empatia é quando a gente coloca o nosso coraçãozinho no lugar do outro — explicou Dona Adélia, pacientemente. — É como se a gente pudesse sentir o que o outro sente!
Enzo franziu a testa. Aquilo parecia complicado! Dona Adélia, vendo a confusão do neto, decidiu contar uma história.
— Dizem que as fadas, aquelas pequeninas com asas de borboleta, são mestras em empatia! Elas sentem a alegria e a tristeza de todos ao seu redor. E quando encontram alguém precisando de ajuda, usam suas varinhas mágicas para espalhar amor e felicidade!
Enzo arregalou os olhos, encantado! Fadas que sentem o que os outros sentem? Aquilo sim que era mágico!
— Vovó, será que as fadas moram no nosso parquinho? — perguntou Enzo, cheio de esperança.
Dona Adélia sorriu.
— Só existe um jeito de descobrir, não é mesmo? — disse ela, piscando.
E assim, cheios de entusiasmo, Enzo e sua avó foram para o parquinho. Era um lugar mágico, cheio de cores vibrantes, risadas gostosas e o cheirinho de pipoca doce no ar. Enzo, com o coração acelerado, começou sua busca pelas fadas empáticas.
Ele procurou atrás dos balanços, espiou dentro do gira-gira e até se escondeu embaixo do escorregador, mas nada de fadas! Enzo já estava começando a ficar desanimado.
De repente, ele ouviu um choro baixinho vindo do alto do trepa-trepa. Com cuidado, Enzo subiu e encontrou uma menininha sentada, com os olhos cheios de lágrimas.
— O que foi? — perguntou Enzo, preocupado.
— Eu caí e machuquei meu joelho — respondeu a menina, soluçando.
Enzo, lembrando da história da sua avó, respirou fundo e se aproximou da menina. Ele sabia exatamente o que fazer!
— Não fica triste — disse Enzo, com um sorriso. — Eu também já caí do trepa-trepa e sei que dói muito! Mas a minha avó sempre diz que um abraço bem apertado faz a dor ir embora rapidinho!
E então, Enzo deu um abraço carinhoso na menina, que parou de chorar e sorriu de volta. Naquele momento, Enzo sentiu uma alegria tão grande dentro dele! Era como se uma luz brilhante e colorida tivesse se acendido em seu coração.
— Você foi muito legal comigo! — disse a menina, enxugando as lágrimas. — Meu nome é Luna, quer brincar comigo?
E assim, Enzo e Luna passaram a tarde brincando juntos no parquinho. Enzo descobriu que, mesmo sem asas ou varinha mágica, ele podia espalhar felicidade e ajudar os outros, assim como as fadas da história da sua avó!
Ao voltar para casa, cansado, mas com o coração cheio de alegria, Enzo abraçou Dona Adélia e contou tudo sobre sua aventura no parquinho.
— Viu só? — disse Dona Adélia, com um sorriso orgulhoso. — A empatia é como um superpoder que todos nós temos dentro da gente! E você, meu neto, acabou de descobrir a sua magia!
Naquela noite, enquanto Enzo adormecia em sua cama, ele tinha certeza de que tinha feito amizade não só com a Luna, mas também com as fadas empáticas do parquinho. Afinal, a magia estava em todos os lugares, bastava abrir o coração para senti-la!