O Segredo das Nuvens Lilás

O Segredo das Nuvens Lilás

Sophia corria velozmente por entre as nuvens fofinhas, a brisa suave brincando em seus cabelos. O céu, pintado em tons mágicos de rosa e lilás, era o cenário perfeito para a sua aventura. Ela estava em Nuvens, um lugar mágico que descobrira enquanto brincava no quintal de casa. Bastava fechar os olhos com força, desejar muito, e pronto! Ela era transportada para este paraíso.

Mas algo estava errado. Os duendes, geralmente brincalhões e cheios de energia, estavam quietos, encolhidos em um canto da nuvem mais alta.

– O que aconteceu? – Sophia perguntou, preocupada.

Um duende com um gorro verde enorme e olhos marejados apontou para um arbusto de algodão-doce, agora murcho e sem cor.

– As flores de luar sumiram! – soluçou o duende. – Sem elas, Nuvens perderá a magia e desaparecerá!

Sophia, com seu espírito aventureiro, sabia o que fazer. A natureza era sua paixão e proteger Nuvens era sua missão!

– Não se preocupem! – exclamou Sophia, com um sorriso determinado. – Eu, Sophia, a Detetive das Nuvens, vou encontrar as flores de luar!

Sua avó, Adélia, sempre dizia que observar era a chave para desvendar qualquer mistério. Sophia se ajoelhou perto do arbusto e começou a analisar o local. A terra estava fofa, com algumas pegadas pequenas e delicadas, diferentes das dos duendes.

– Hum, parece que temos um ladrão de patas leves – pensou alto Sophia.

Seguindo as pegadas, Sophia e os duendes chegaram a um rio de chocolate quente. Uma ponte de suspiros coloridos cruzava o rio, e do outro lado, as pegadas continuavam.

– Que estranho! – disse um duende. – Por que o ladrão cruzaria a ponte? As flores de luar não gostam de chocolate!

Sophia, observadora, notou algo brilhante preso embaixo da ponte. Era um fio de teia de aranha, com algumas gotas de orvalho… rosa? Orvalho rosa só existia em uma parte de Nuvens: o Vale dos Arco-Íris!

– Já sei! – Sophia exclamou, os olhos brilhando de emoção. – O ladrão usou a ponte para despistar a gente! Ele queria que pensássemos que ele tinha ido para o lado errado!

Os duendes, confusos, seguiram Sophia, que agora corria em direção ao Vale dos Arco-Íris. Lá, encontraram um pequeno esquilo alado, com o focinho sujo de pólen rosa. Ao lado dele, um buquê de flores de luar brilhava intensamente.

– Peguei! – gritou Sophia, triunfante. – Você roubou as flores, não foi?

O esquilo alado se encolheu, envergonhado.

– Eu… eu só queria que o meu lar ficasse bonito como Nuvens. – confessou, cabisbaixo.

Sophia, entendendo a tristeza do esquilo, teve uma ideia.

– Que tal usarmos um pouco da magia das flores de luar para alegrar o seu lar também? – propôs Sophia, com um sorriso gentil.

O esquilo alado abriu um sorriso enorme, feliz com a solução. Sophia, com a ajuda dos duendes, plantou algumas mudas de flores de luar no lar do esquilo, enchendo o lugar com uma luz mágica.

Exaustos, mas felizes, Sophia e os duendes voltaram para a clareira, onde o arbusto de algodão-doce já florescia novamente, banhando Nuvens com seu brilho mágico.

Sophia se despediu dos amigos, prometendo voltar em breve. De volta ao seu quarto, com o cheiro de grama fresca ainda em suas roupas, Sophia sabia que, mesmo sendo uma aventura em um mundo mágico, proteger a natureza era algo real e importante.

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