Como seria se a gente pudesse entender o que os animais sentem? Maria, uma menina curiosa de seis anos, sempre se perguntou isso. Ela amava animais e, mais que tudo, amava seu cachorro Cacau. Ele era grande, peludo e adorava lamber o rosto de Maria.
Um dia, brincando em seu esconderijo secreto na floresta perto de casa, em Fortaleza, Maria encontrou um coelho diferente de todos que já tinha visto. Ele era branquinho como a neve, mas seus olhos brilhavam como fogo! “Uau!”, exclamou Maria. De repente, o coelho falou: “Olá, Maria. Preciso da sua ajuda! O vulcão está para entrar em erupção e os outros coelhos estão em perigo!”.
Maria ficou surpresa! Ela nunca tinha conversado com um coelho antes! Mas ela era uma menina corajosa e sabia que precisava ajudar. O coelho, percebendo a sua bondade, explicou que dentro do vulcão morava um dragão muito triste que, por estar sozinho, chorava lava incandescente.
“Se ele está triste, precisamos ajudá-lo!”, disse Maria, decidida. Maria, com sua empatia aguçada, sabia que precisavam entender a tristeza do dragão para ajudá-lo. Maria, Cacau e o coelho de olhos de fogo seguiram juntos para o vulcão. A jornada era longa e o calor aumentava a cada passo.
“Cacau está com calor!”, disse Maria, preocupada. O coelho, usando seus poderes mágicos, criou um rio de água fresca para Cacau se refrescar. Maria, com o coração cheio de compaixão, entendeu que o sofrimento do dragão causava dor a todos.
Finalmente, chegaram ao topo do vulcão. Lá dentro, viram o dragão enorme, encolhido em um canto. Ele era vermelho e laranja, com escamas brilhantes. “Olá, dragão!”, disse Maria com a voz doce. “Por que você está triste?”.
O dragão, surpreso com a gentileza da menina, respondeu: “Ninguém nunca me perguntou isso...”. Ele explicou que se sentia sozinho e que sua tristeza se transformava em lava.
Maria então teve uma ideia. “E se nós trouxermos todos os coelhos para cá? Eles podem ser seus amigos!”. O dragão adorou a ideia! Maria, usando seu dom especial, chamou todos os coelhos da floresta.
Em pouco tempo, o vulcão estava cheio de coelhos brincando e fazendo cócegas no dragão. Ele ria tanto que o fogo dentro dele se transformou em um calor gostoso. A partir daquele dia, o dragão nunca mais ficou triste. Ele tinha amigos e aprendeu que a amizade e a empatia são os maiores tesouros do mundo!
Maria, Cacau e o coelho de olhos de fogo voltaram para casa felizes. Maria aprendeu que a empatia pode transformar tristeza em alegria e que ajudar os outros, mesmo os diferentes, é sempre a melhor escolha. Naquela noite, antes de dormir, Maria abraçou Cacau e agradeceu por ele ser seu amigo. E lá no vulcão, um dragão e muitos coelhos brincavam juntos sob o luar, aquecidos pelo poder da amizade.
