O Segredo do Vulcão Cantante

O Segredo do Vulcão Cantante

Uma noite estrelada brilhava sobre Goiânia, mas João, de quatro anos, não conseguia dormir. Ele olhava pela janela, para as estrelas, e pensava: "Será que as estrelas sabem cantar?". De repente, um brilho intenso vindo do quintal chamou sua atenção. Era Yuna, sua tartaruga de estimação, que brilhava como um vagalume!

"Yuna, você também viu aquela luz forte?", perguntou João, sonolento.

Yuna, com um sorriso misterioso, respondeu: "Aquela luz, Joãozinho, era um chamado! O Vulcão Cantante despertou e precisa ouvir sua voz!".

João arregalou os olhos. O Vulcão Cantante era uma lenda em sua família, um lugar mágico onde moravam as sereias. Diziam que, quando alguém com o coração puro cantava para o vulcão, ele respondia com uma melodia linda, capaz de realizar desejos.

João, cheio de coragem, sabia que precisava ir até lá. Ele confiava em sua voz, afinal, adorava cantar enquanto brincava com seus dinossauros! Vestiu seu pijama de dinossauro favorito e, junto com Yuna, que voava com suas novas asas brilhantes, correu para o quintal.

A viagem foi rápida, pois João corria como um guepardo! Logo, estavam diante de um vulcão adormecido. Era enorme, com pedras negras e um topo que parecia tocar o céu.

"E agora, Yuna? Como chegamos até as sereias?", perguntou João, um pouco assustado.

"Cante, Joãozinho! Cante com o coração!", encorajou Yuna.

João respirou fundo, lembrando do que sua mãe sempre dizia: "Acredite em você, meu amor!". Fechou os olhos e cantou uma canção que ele mesmo havia inventado sobre um dinossauro que queria voar.

De repente, o chão tremeu! O vulcão despertou com um estrondo, cuspindo fumaça e lava que, em vez de queimar, era fria e brilhante como purpurina! Do centro da cratera, uma escada feita de cristais surgiu, levando até o interior do vulcão.

Sem hesitar, João, com Yuna em seu ombro, desceu a escada. Lá dentro, tudo era mágico! Um lago cristalino refletia luzes coloridas, e em uma rocha, rodeada de conchas e estrelas do mar, estava ela: a sereia mais linda que João já tinha visto! Seus cabelos eram longos e azuis como o mar, sua cauda brilhava como escamas de peixe, e sua voz era doce como o canto de um passarinho.

"Olá, João", disse a sereia, com um sorriso. "Sua voz nos chamou. O que você deseja?".

João, tímido, respondeu: "Eu... Eu só queria saber se as estrelas sabiam cantar".

A sereia riu. "As estrelas cantam a melodia do universo, João. Mas você também tem uma bela voz! Cante para nós!".

E assim, cheio de confiança, João cantou. Cantou sobre seus dinossauros, sobre sua casa em Goiânia, sobre Yuna e suas aventuras. As sereias se encantaram com a alegria e a pureza da voz de João.

Quando terminou, a sereia disse: "Você nos lembrou da importância de acreditar em si mesmo, João. Leve essa lição com você!".

Num piscar de olhos, João e Yuna estavam de volta ao quintal de casa. O sol nascia, colorindo o céu com tons de laranja e rosa. João percebeu que a aventura tinha lhe ensinado uma lição valiosa: quando acreditamos em nós mesmos, nossa voz pode ecoar por lugares mágicos e realizar nossos sonhos! E, quem sabe, até mesmo conversar com as estrelas.

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