O Segredo do Vulcão Flamejante

O Segredo do Vulcão Flamejante

Helena e seu avô, Lindolfo, corriam mais rápido que um bando de macacos arteiros, tentando escapar da fumaça espessa e cinzenta que saía do vulcão! A terra tremia como um gigante sonolento acordando de um longo sono.

"Vovô, o que está acontecendo?", perguntou Helena, agarrada na mão enrugada de Lindolfo.

"O vulcão está acordando, minha pequena exploradora!", respondeu Lindolfo, com um brilho de entusiasmo nos olhos. "É uma oportunidade única de ver a natureza mostrando sua força!"

Lindolfo, apesar de já ter cabelos brancos como a neve, era um aventureiro de coração. Amava história, e nada o deixava mais animado do que presenciar eventos que pareciam ter saído de seus livros antigos.

Helena, com seus quatro anos de pura curiosidade, adorava explorar o mundo ao seu redor. Ela amava os animais e tinha um dom especial: conseguia conversar com eles!

Enquanto corriam, Helena viu um beija-flor voando em desespero. "Senhor Beija-flor, o que houve?", perguntou Helena.

"O vulcão assustou todos os animais! Dizem que um dragão de fogo mora lá!", respondeu o beija-flor, com a voz trêmula.

Helena ficou um pouco assustada, mas a ideia de um dragão também a deixou curiosa. Ela sempre quis ver um de perto!

Lindolfo e Helena chegaram a um ponto seguro, longe da fúria do vulcão. De lá, podiam ver a lava vermelha e brilhante escorrendo como calda quente.

"É lindo, não é vovô?", disse Helena, maravilhada.

"A natureza é mesmo magnífica", respondeu Lindolfo, admirando a força do vulcão.

De repente, um rugido poderoso ecoou pelo ar. Um dragão enorme, com escamas brilhantes e asas maiores que uma casa, surgiu do topo do vulcão!

Helena não conseguia desviar o olhar. O dragão era assustador, mas ao mesmo tempo, hipnotizante.

"Ele parece triste", sussurrou Helena, sentindo uma pontada de compaixão pelo dragão.

Lindolfo, observando a criatura majestosa, percebeu o mesmo. O dragão não parecia querer causar mal. Ele voava em círculos, soltando jatos de fogo para o céu, como se estivesse chamando por ajuda.

"Ele está preso, vovô! Sinto que ele precisa de ajuda", disse Helena, com os olhos cheios de preocupação.

Lindolfo, confiando na intuição da neta, concordou. "Temos que ajudá-lo!", afirmou.

Usando seus conhecimentos de história e as habilidades de Helena em conversar com os animais, eles bolaram um plano.

Helena, com sua voz doce, conseguiu se comunicar com o dragão. Descobriram que uma pedra gigante havia rolado, bloqueando a saída da caverna onde ele morava.

Juntos, Helena, Lindolfo e os animais da floresta, guiados pelo dragão, conseguiram empurrar a pedra e libertá-lo.

O dragão, grato pela ajuda, deu um rugido de agradecimento e voou para o céu, desaparecendo entre as nuvens.

De volta à segurança da casa de Helena, Lindolfo contou a história da aventura para a família. Helena, exausta, adormeceu no sofá, sonhando com dragões amigáveis e vulcões que cuspiam fogo.

Naquela noite, Helena aprendeu que a natureza é poderosa e imprevisível, mas também que a bondade e a coragem podem superar qualquer obstáculo. E, quem sabe, até mesmo fazer amizade com um dragão!

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