O Sumiço da Lição de Casa

O Sumiço da Lição de Casa

- Vovó, você viu minha lição de casa? – Arthur, com seus olhinhos arregalados, procurava por todos os cantos da sala.

- Mas você acabou de chegar da escola, meu amor! – Vovó Adélia ria baixinho, enquanto observava Arthur revirar a mochila pela terceira vez. – Onde será que essa lição se escondeu?

Arthur, tímido como sempre, adorava quando a avó inventava essas histórias. Ele sabia que ela amava contar causos e, para seu deleite, hoje parecia ser dia de mais um!

- Acho que ela sumiu no quintal! – Arthur exclamou, com um sorriso maroto.

- No quintal? – Vovó Adélia fez uma expressão de surpresa. – Mas o que será que a lição de casa foi fazer lá? Só pode ser coisa daqueles duendes sapecas!

Arthur adorava quando a avó falava dos duendes. Ela dizia que eles viviam no quintal, cuidando das plantas e fazendo algumas traquinagens de vez em quando.

- Será que eles pegaram minha lição, vovó? – Arthur perguntou, já imaginando mil aventuras no quintal.

- Só tem um jeito de descobrir, meu bem! Vamos até lá e, quem sabe, negociamos com esses duendes! – Vovó Adélia piscou para Arthur, que correu para o quintal, seguido pela avó.

O quintal da casa da vovó era mágico para Arthur. Tinha um pé de jabuticaba enorme, onde ele adorava subir, um gramado macio para brincar de rolar e uma horta cheirosa, cuidada com todo amor pela vovó.

- Olha só, vovó, pegadas! – Arthur apontou para o chão, onde pequenas marcas redondas indicavam a passagem de alguém... Ou alguma coisa!

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- Serão dos duendes? – Vovó Adélia sussurrou, fingindo estar assustada.

Arthur, corajoso, seguiu as pegadas, que o levaram até um canto do quintal, onde um círculo de cogumelos coloridos se formava. No centro do círculo, uma cena inusitada: sua lição de casa, aberta em cima de uma pedra, e ao lado, três duendes minúsculos, com chapéus pontudos e rostos sujos de terra.

- Olá, duendes! – Arthur, num ímpeto de coragem, resolveu falar com os pequeninos.

Os duendes, assustados com a presença de Arthur, se esconderam atrás da pedra, espiando com seus olhinhos brilhantes.

- Não fiquem com medo, nós só queremos a lição de volta! – Vovó Adélia falou com sua voz doce, que sempre acalmava o coração de Arthur.

Um dos duendes, um pouquinho mais alto que os outros, tomou coragem e se aproximou. Em suas mãos, ele carregava um lápis pequenino.

- Nós só queríamos aprender a escrever nosso nome! – O duendezinho falou com uma voz fininha, como um mosquito.

Arthur percebeu que, em sua lição, havia vários rabiscos e letras tortas, que agora faziam todo sentido. Os duendes estavam aprendendo a escrever!

- Que legal! – Arthur exclamou. – Eu posso ensinar vocês!

E assim, sentado no meio do círculo de cogumelos, Arthur passou a tarde ensinando os duendes a escreverem seus nomes. Vovó Adélia, com um sorriso no rosto, observava a cena encantada, feliz por ver seu neto aprendendo e ensinando com tanto amor.

Ao cair da noite, com a lição de casa devidamente devolvida, Arthur se despediu de seus novos amigos, prometendo voltar no dia seguinte para uma nova aula. E enquanto caminhava de volta para casa, de mãos dadas com sua avó, Arthur percebeu que aprender e ensinar podiam ser aventuras mágicas, cheias de duendes, mistério e muita alegria.

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